A principal causa de corrupção no Brasil é a indicação de pessoas ligadas a partidos políticos para cargos públicos. Quem diz isso é Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da Transparência Brasil, ONG que há 14 anos atua no combate à corrupção no país.
Ex-diretores da Petrobras indicados por partidos tornaram-se nomes frequentes no noticiário após a Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na estatal. Em entrevista a EXAME.com, Abramo afirma que o interesse dos políticos nessas diretorias é claro: “O que os partidos querem com aquilo? Querem roubar”, afirma.
Ele ressalta, porém, que esse loteamento não é restrito à estatal ou ao governo federal. “Todos os estados e municípios do país funcionam assim”, diz. Questionado se isso significa que há corrupção em todos esses lugares, ele responde: “Completamente. É impossível não ter”.
Abramo falou também sobre o financiamento de campanha, outro tema que ganhou destaque com o escândalo de corrupção na Petrobras. Esta semana, um executivo admitiu que pagava propina a agentes públicos através de doações oficiais ao PT.
Para o diretor-executivo da Transparência Brasil, impedir que empresas financiem campanhas não vai resolver o problema. "O dinheiro que hoje é de caixa 1 vai se transferir para o caixa 2", argumenta.
Sobre as prisões recentes promovidas pela Lava Jato, Abramo se mostra pouco otimista. Para ele, punir não resolve o problema.
“A gente está ouvindo há 3 mil anos: ‘Não roubarás’. Isso não adianta nada. O que se quer é não ter que punir”, argumenta.
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Fonte: Mariana Desidério/http://exame.abril.com.br/
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