PT diz que vai indicar candidato do partido para disputar presidência da Câmara, mas uma ala defende como alternativa um nome do PMDB que não seja ligado a Eduardo Cunha.
Uma parte da bancada do PT defendia, na tarde de terça-feira (11), que o partido aceite a candidatura de um peemedebista para a presidência da Câmara, desde que não seja ligado ao atual líder do partido na Casa, Eduardo Cunha (RJ). Seria uma maneira, segundo um petista defensor da proposta, de não acirrar os ânimos entre Cunha e o peemedebista Michel Temer, vice-presidente da República reeleito e principal fiador da aliança entre os dois partidos. Seria também uma alternativa às indicações feitas pelo PT e PMDB. Pelo acordo entre os dois partidos - os maiores da Casa -, petistas e peemedebistas devem se alternar na presidência. A indicação, agora, caberia ao PT. O vice-líder petista Paulo Teixeira (SP) diz que a bancada vai se reunir para indicar um nome do próprio partido e não do PMDB.
A eleição para a presidência da Câmara será no início de fevereiro. Eduardo Cunha já lançou o seu nome. Ontem, ele recebeu o apoio do oposicionista Solidariedade. Deverá ter a adesão também do PTB e PSC. O PR compõe o mesmo bloco, mas dialoga com o governo. O líder peemedebista é considerado um desafeto da presidenta Dilma e sua vitória na disputa no Legislativo é vista por muitos petistas como uma derrota pessoal da presidenta reeleita. Por isso, existe um movimento dentro do partido para que Cunha não fique com o cargo. Além disso, a vitória do deputado também enfraqueceria o papel de Temer dentro do PMDB, o que pode causar danos também na relação entre o partido e o governo. Durante a disputa presidencial, Cunha foi um dos peemedebistas que incentivaram dissidências, como a chapa Aezão no Rio, seu reduto político.
Fonte: Gilberto Nascimento - Brasil Econômico/http://ultimosegundo.ig.com.br/
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