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sexta-feira, 2 de maio de 2014

POR "INTEGRIDADE FÍSICA", EX-DIRETOR DA PETROBRÁS VOLTA PARA A SEDE DA PF.


Sede é a mesma onde Paulo Roberto Costa relatou sofrer ameaças.
Ex-diretor da Petrobras é acusado de lavagem de dinheiro.


O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, acusado de ser um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, foi novamente transferido na tarde desta sexta-feira (2). Ele saiu do Presídio Estadual de Piraquara II (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba, e voltou para a carceragem da Polícia Federal (PF). De acordo com a Justiça Federal, o juiz Sérgio Moro acatou a sugestão da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná de transferi-lo para preservar a integridade física do preso. O pedido foi feito na quinta-feira (1º) e acatado nesta sexta-feira.
De acordo com o escritório de advocacia que representa Paulo Roberto Costa, a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná solicitou que o acusado seja transferido para Catanduvas, presídio de segurança máxima, em Cascavel, no oeste do Paraná. A Justiça determinou prazo de cinco dias para que a defesa se manifeste sobre este pedido. Enquanto isso, Costa segue na carceragem da PF.
Os advogados do ex-diretor não concordam com a transferência. Eles argumentam que Catanduvas é uma unidade para presos de alta periculosidade e que esta não é uma característica de Paulo Roberto Costa. Os juristas afirmam que solicitarão, novamente, medidas alternativas como prisão domiciliar, uma vez que, segundo eles, não há razão para o acusado permanecer preso. Eles destacam que todas as provas já foram recolhidas e que Paulo Roberto Costa não está condenado. A intenção é que o acusado seja levado para o Rio de Janeiro, onde tem residência e família.
Paulo Roberto da Costa foi preso em março deste ano e é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos chefes de uma quadrilha especializada em lavar dinheiro no exterior, por meio de operações de câmbio fraudulentas. Conforme a denúncia, o ex-diretor usou empresas de fachada, comandadas pelo doleiro Alberto Youssef, que também está preso, para lavar dinheiro da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A Justiça Federal do Paraná acatou a denúncia por prática de lavagem de dinheiro e participação em grupo criminoso organizado.

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