Aliados ao Palácio do Planalto ficaram com postos principais para comandar comissão. Vital do Rêgo já preside CPI da Petrobras no Senado, dominada por governistas.
O Congresso instalou nesta quarta-feira (28) uma CPI mista, com 16 deputados e 16 senadores (veja a lista abaixo), para investigar supostas irregularidades na Petrobras. O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) foi eleito pelos integrantes da comissão para presidir o colegiado. Já o senador Gim Argello (PTB-DF) ficou com a vice-presidência. Cada um obteve 18 votos.
Já há uma CPI em funcionamento no Senado, presidida pelo próprio Vital do Rêgo, para apurar as suspeitas envolvendo a estatal. O peemedebista vai acumular as presidências. Ele nomeou o deputado Marco Maia (PT-RS) para a relatoria da CPI mista. Os três — Vital, Gim e Maia — são aliados do Palácio do Planalto.
O deputado Enio Bacci (PDT-RS) se candidatou à presidência, com apoio da oposição. Na chapa, o deputado Fernando Francischini (SD-PR) foi o candidato a vice. Obtiveram dez e 11 votos, respectivamente. No total, 29 dos 32 parlamentares do colegiado participaram da eleição.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que houve quebra de tradição já que governistas e oposição não vão compartilhar o comando da CPI. “Isso indica o desejo de impedir que investigações cheguem a conclusões objetivas”.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) rebateu o tucano. “Hoje quem diz que é uma tradição usa de má-fé e falta com a verdade. Todos que aqui estamos, estamos pelo critério da proporcionalidade”, disse. Segundo ela, várias CPIs durante o governo de Fernando Henrique Cardoso não tiveram comando compartilhado.
A base aliada à presidenta da República Dilma Rousseff (PT) tentou evitar a CPI mista, pois o governo tem menos força política na Câmara. Após manobras, conseguiu retardar por um tempo a instalação.
A oposição pressionou e boicotou a comissão no Senado, dominada por governistas. A CPI mista tem apoio do PSDB e do DEM.
Tanto a CPI no Senado quanto a comissão mista têm um prazo de 180 dias para concluir as atividades e um orçamento de R$ 250 mil para as despesas.
Deputados:
Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Lucio Vieira Lima (PMDB-BA)
Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG)
Júlio Delgado (PSB-MG)
Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Fernando Francischini (SD-PR)
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)
Rubens Bueno (PPS-PR)
Enio Bacci (PDT-RS)
Hugo Napoleão (PSD-PI)
José Carlos Araújo (PSD-BA)
Márcio Junqueira (Pros-RR)
Marco Maia (PT-RS)
Sibá Machado (PT-AC)
Senadores:
José Pimentel (PT-CE)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Anibal Diniz (PT-AC)
Humberto Costa (PT-PE)
João Alberto (PMDB-TO)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
ital do Rêgo (PMDB-PB)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Mário Couto (PSDB-PA)
Jayme Campos (DEM-MT)
Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP)
Gim Argello (PTB-DF)
Ataídes Oliveira (Pros-TO)
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