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sábado, 5 de abril de 2014

PARECER REJEITA PEDIDO PARA INVESTIGAR VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.

André Vargas usou um avião pago por doleiro preso em operação da Polícia Federal; Psol pediu investigação.

A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados opinou nesta sexta-feira pela rejeição do pedido do Psol pela investigação do vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR). O partido solicitou a apuração após o petista ter admitido que usou um avião pago pelo doleiro Alberto Youssef, preso em uma operação da Polícia Federal que investigou um esquema de lavagem de dinheiro. A decisão final cabe ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que tende a seguir as recomendações do órgão técnico.
No parecer, o secretário-geral da Mesa, Mozart Vianna de Paiva, afirma que o líder do Psol, Ivan Valente (SP), fez o pedido de investigação de forma vaga, sem especificar fatos e suspeitas contra André Vargas. No pedido de investigação, a legenda pede, em poucas linhas, detalhada apuração sobre “vantagens indevidas e intermediação de interessem, que atingem sua excelência e vão além do âmbito pessoal”. No ofício, Valente pedia que a mesa diretora solicitasse à Corregedoria a investigação, por se tratar de um membro da cúpula da Casa.
“O autor do ofício limita-se a mencionar, de forma vaga, a existência de ‘fato recente’, ‘de grande repercussão’, e de ‘ilações sobre vantagens indevidas e intermediação de interesses. Não descreve, ainda que de forma sucinta, quais fatos, vantagens e intermediações de interesses seriam esses”, escreveu Paiva.
Oposição promete ir ao Conselho de Ética
Também nesta sexta-feira, a oposição anunciou que irá ao Conselho de Ética contra o petista. Segundo a representação, que será protocolada no início da semana que vem pelo PSDB e o DEM, o uso da aeronave pode configurar recebimento de vantagem indevida, procedimento incompatível com o decoro parlamentar.
O fretamento do avião foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, que teve acesso a investigações da PF envolvendo Youssef. Segundo o jornal, a viagem de Londrina (PR) a João Pessoa (PB) foi discutida em uma conversa entre os dois por um serviço de mensagem de texto. Inicialmente, o parlamentar afirmou que havia pagado o combustível, mas depois disse que o doleiro bancou a viagem.
Em sua defesa, Vargas disse que conhece Youssef há 20 anos como um empresário importante de sua cidade e que desconhecia as investigações. “Fui imprudente, foi um equívoco. Deveria ter exigido um contrato, deveria ter quitado, não deveria, e, aliás, peço desculpas por ter exposto minha família. É o que me machuca nesta hora”, disse Vargas, em um discurso na tribuna do plenário da Câmara na última quarta-feira.



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