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segunda-feira, 21 de abril de 2014

NO LIMITE, GABRIELLI CULPA O PEDRO ÁLVARES CABRAL.

Pasadena foi um bom negócio? Em artigo na Folha, José Sérgio Gabrielli, o ex-presidente da Petrobras, anotou: “A resposta é sim para o momento da compra, mas não teria sido sob o cenário entre 2008 e 2012.” Nessa versão, “o mundo mudou, nós descobrimos o pré-sal e o planejamento estratégico da Petrobras acompanhou as mudanças.”
“O mercado de derivados nos EUA se alterou drasticamente”, escreveu Gabrielli. “Foram as variações de margens de refino e os diferenciais de preço entre o petróleo leve e pesado que fizeram a lucratividade de Pasadena variar. Enquanto isso, no Brasil, a demanda por derivados se aqueceu, levando a companhia a investir em refino interno.”
A certa altura, Gabrielli sustentou que, “irresponsavelmente, a oposição distorce fatos e dados'' sobre a aquisição da refinaria. Segundo ele, cria-se “uma narrativa que desinforma a população” e “prejudica a imagem da Petrobras”, favorecendo a “depreciação de seu valor de mercado.”
Levando-se o raciocínio de Gabrielli às últimas (in)consequências, o culpado pelo mau passo da Petrobras é Pedro Álvares Cabral. Se ele não tivesse descoberto o Brasil naquele 22 de abril, ainda seríamos uma Pindorama habitada por índios nus. Com todas as vantagens e desvantagens.

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