Num intervalo de pouco mais de 24 horas Eduardo Campos se reuniu com Humberto Costa e Aécio Neves.
Os dois são senadores e líderes, respectivamente, do PT e do PSDB.
Humberto é nome forte do petismo pernambucano e tem inserção da direção nacional.
Aécio é pré-candidato do tucanato à Presidência da República.
Eduardo, que também pretende concorrer ao Planalto, exagera na habilidade.
Exercita a reconhecida capacidade de dialogar com quem quer que seja.
Mantém canais abertos em todas as direções, mas acaba por confundir muita gente, inclusive eleitores.
Como alguém que tem criticado tanto o governo Dilma e já rompido como PT recebe em casa um senador petista e o chama para uma conversa reservada?
E para completar, esse mesmo alguém janta, no dia seguinte, no Rio, com o principal nome do principal partido de oposição, que, como ele, quer o lugar de Dilma.
Como muito do que é conversado – ou negociado – nesses encontros é mantido longe da mídia, se conclui que rompimentos e discursos ríspidos podem não ter exatamante o significado que se tiveram num primeiro momento.
Não seria o caso de Humberto se posicionar? Informar por que cargas d´água precisou “confraternizar” com alguém que quer o fim do petismo e vê defeitos graves na gestão e conduta de Dilma?
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