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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

CONSTRANGIMENTO IMPOSTO POR GEDDEL A DILMA ENFRAQUECE TEMER E PMDB.

Por ordem da presidente Dilma Rousseff, o governo corria no início da noite de quinta-feira (26) para formalizar nesta sexta-feira (27) a demissão do vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, filiado ao PMDB e pré-candidato ao governo da Bahia no ano que vem.
Geddel anunciou na quinta-feira no seu perfil no microblog Twitter que havia pedido demissão do cargo e não entendia a razão de Dilma não exonerá-lo da função. O episódio causou constrangimento ao Palácio do Planalto, mas mais ainda ao vice-presidente da República, Michel Temer, padrinho do peemedebista baiano dentro do governo federal.
Dilma ficou irritada com a cobrança pública de Geddel, pois aguardava um sinal de Michel Temer para executar a demissão. Ocorre que o vice-presidente da República teria recebido a carta de Geddel há alguns meses, mas só em dezembro mostrou-a à presidente. A reação do Planalto foi a de pedir que o processo fosse formalizado, o que nunca teria acontecido de fato, segundo a Folha apurou.
Não há risco de rompimento, mas Michel Temer e o PMDB saem chamuscados deste episódio. A cúpula peemedebista demonstrou não conseguir controlar o processo político num Estado relevante, a Bahia, e tampouco teve poder de influência sobre um filiado –Geddel Vieira Lima– que passou vários anos num cargo na CEF fazendo críticas ao governo.
O PT e o PMDB no momento discutem alianças regionais e normas de convivência política-eleitoral em 2014. No plano nacional, deve se repetir a chapa Dilma-Temer. Nos Estados, a expectativa é que as siglas possam ter um relacionamento pacífico mesmo quando estiverem em campos opostos, como adversários na disputa por cargos de governador.
Mas como a Folha ouviu na quinta-feira no Planalto, uma coisa é um candidato a governador do PMDB ser contra o nome do PT localmente. Outra bem diferente é o peemedebista atacar também Dilma Rousseff. É o que fez Geddel Vieira Lima no Twitter. O Planalto está debitando a conta desse embaraço nas costas de Michel Temer.
Ao cobrar a publicação de sua exoneração no "Diário Oficial da União", Geddel escreveu o seguinte no Twitter: "Cara Presidenta Dilma, por gentileza, determine publicação minha exoneração função q ocupo, e cujo pedido ja se encontra nas mãos de V Excia" (sic).
À Folha, Geddel disse que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) recebeu a carta em setembro e encaminhou o pedido diretamente à Dilma. No Palácio do Planalto essa versão é contestada. Dilma teria sabido da carta apenas agora em dezembro, mas Geddel nunca teria formalizado o processo internamente na CEF, o que é necessário num caso assim.
Geddel foi ministro da Integração Nacional do governo Lula (2007-2010). Renunciou para disputar o governo da Bahia –e perdeu para Jaques Wagner (PT). Em 2012, aliou-se ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).

Fonte: Fernando Rodrigues e João pedro Pitombo/Folha de São Paulo

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