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quinta-feira, 6 de junho de 2013

PREFEITOS COMEÇARAM A HISTÓRIA DE CONTRATAR MÉDICOS ESTRANGEIROS.


Na última segunda-feira (3), durante a visita da presidente Dilma Rousseff ao Rio Grande do Norte, o presidente da Federação dos Municípios, prefeito Benes Leocádio, fez um apelo ao governo para que apresse a contratação de médicos estrangeiros para atender em cidades do interior do Estado.

Não foi um gesto isolado. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista a ISTOÉ, revelou que essa história de médicos estrangeiros começou com os prefeitos.
Padilha disse que recebeu um estudo dos prefeitos apontando um déficit de 13 mil profissionais nas regiões mais carentes do país. Segundo ele, o governo federal já supriu cerca de 4 mil com ações pontuais e estímulos para fixar os m édicos no interior dos estados. Mas o problema está longe de uma solução ideal.
Hoje há mais de 300 municípios que não têm sequer um médico, mais de mil municípios que possuem menos de um médico por mil habitantes. O ideal seria 2,7 médicos por mil habitantes, informou o ministro.
Alexandre Padilha afirmou que trata da questão desde que assumiu o Ministério da Saúde na gestão da Dilma. E que a contratação de médicos estrangeiros - da Espanha, Portugal e de Cuba - é uma decisão irreversível.
O ministro promete uma seleção criteriosa e incentivos para que o profissional se dedique à saúde básica da população. E sinaliza salários da ordem de 9 mil reais, o equivalente a 3 mil euros, valor praticado em países como a Espanha na atenção básica.
O governo federal tem estimulado a criação de cursos na periferia das cidades e no interior dos estados - é o caso da Ufersa (Universidade Federal do Semi-árido) que conquistou recentemente seu curso de Medicina.
O Ministério da Saúde também está utilizando o crédito do Fies (Financiamento do Ensino Superior) para fixar profissionais recém-formados no interior. Quem passar 10 anos no SUS (Sistema Único de Saúde) em localidades carentes poderá zerar sua dívida com o programa de financiamento do ensino superior. E se escolher a pediatria, ainda ganhará uma boa bolsa de formação durante a residência médica.
Enfim, o governo não está parado nesta questão. E isso é um bom sinal. Mas é preciso fazer mais. J á está mais do que na hora de o governo abrir a discussão sobre a carreira médica de Estado. Carreira de Estado como existe no Judiciário.
Os médicos precisam ganhar bons salários e ter segurança na carreira que abraçaram. Não dá para ficar pulando de hospital em hospital, público e privado, de plantão em plantão, para ganhar um salário mais digno no final do mês. O salário pago nos governos é uma merreca.
A população já não aguenta mais as greves que paralisam os hospitais públicos e o atendimento do SUS nos privados. Ninguém merece isso.

Fonte: Diógenes Dantas/Nominuto

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