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segunda-feira, 3 de junho de 2013

GOVERNO DILMA E RURALISTAS PROMOVEM "ATAQUE" CONTRA ÍNDIOS, AFIRMA CIMI.

Em meio ao acirramento das ações de índios pelo país, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) divulgou uma carta aberta nesta segunda-feira (3) criticando o governo federal e falando até em uma visão "racista" em medidas tomadas recentemente.
Hoje, houve protestos articulados por índios no Paraná e no Rio Grande do Sul. Em Mato Grosso do Sul, o clima é de tensão após a morte de um índio em confronto com a polícia durante uma ação de reintegração de posse na semana passada.
O Cimi, organização ligada à Igreja Católica, diz na carta que o governo de Dilma Rousseff se submete a pressões de ruralistas para mudar a criação de terras indígenas e que a atual gestão é a que menos demarca áreas desde o regime militar.
"As medidas anunciadas pelo governo com o intuito de superar os conflitos em torno das questões indígenas no Brasil parte do pressuposto equivocado segundo o qual os povos indígenas estariam causando os conflitos e agindo sob o comando de organizações não indígenas, de modo especial o Cimi", diz o texto.
A carta chama essa concepção de "preconceituosa" e "racista" por considerar os povos seres "inferiores e incapazes de decisões próprias".
A nota do Cimi afirma ainda que Dilma nunca recebeu, como presidente, lideranças indígenas, enquanto costuma abrir espaço na agenda para encontros com ruralistas.
Para a organização que apoia os índios, há um ataque "sincronizado" do governo e uma ação em "legítima defesa" dos povos indígenas. "Mudar o processo de demarcação das terras indígenas não irá resolver o conflito."
No mês passado, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) disse que o governo busca "equilíbrio" e que a Funai (Fundação Nacional do Índio) se pauta como protetora envolvida com questões indígenas. As demarcações foram suspensas no Paraná e no Rio Grande do Sul. O plano do governo é incluir mais ministérios nas discussões sobre o assunto, anteriormente restritas à pasta da Justiça.
O secretário-executivo do Cimi, Cleber Buzatto, disse à Folha considerar os protestos dos índios uma "reação".

Fonte: Felipe Bachtold/Folha de São Paulo

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