Senador de Goiás tem depoimento marcado para esta quinta-feira (31).
Advogado pediu para ele ser dispensado, mas CPI não analisou requerimento.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), afirmou nesta quarta-feira (30) que o parlamentar ficará em silêncio durante o depoimento que prestará na CPI que investiga as relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários.
O depoimento de Demóstenes está marcado para a manhã desta quinta (31).
Nesta quarta, Kakay protocolou na CPI um pedido para que a comissão dispensasse Demóstenes do depoimento, mas o requerimento não chegou a ser votado. Ele também encaminhou um pedido feito ao Conselho de Ética para ter acesso à degravação do depoimento que Demóstenes deu ao colegiado nesta terça-feira (29).
"Como não dispensaram ele, o senador vai vir [à CPI], mas ficará calado. Ele não vai falar nada, não vai responder a nenhuma pergunta", disse o advogado.
Nesta terça, Demóstenes falou por mais de cinco horas no Conselho de Ética do Senado, que o investiga por quebra de decoro parlamentar. O senador é suspeito de ter utilizado o mandato para beneficiar os negócios do contraventor. Demóstenes negou a acusação.
Em discurso e após ser interrogado por parlamentares, ele voltou a afirmar que é amigo de Cachoeira, admitiu que o contraventor pagava sua conta de celular, mas negou que tivesse conhecimento de irregularidades cometidas pelo bicheiro. Demóstenes disse que vive o "pior momento" de sua vida e que se sente traído por Cachoeira. Ele afirmou ser vítima do "maior massacre da história".
"Nunca sofri tanto na minha vida. Eu sou um homem que tem vergonha na cara. [...] Eu sou um carola", disse Demóstenes aos demais parlamentares.
Fonte: Iara Lemos/G1
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