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terça-feira, 20 de abril de 2021

BRASIL: "APERTO" DAS MEDIDAS RESTRITIVAS FAZ QUANTIDADE DE ÓBITOS REDUZIR EM ALGUNS LOCAIS EM 15 DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO NOS ÚLTIMOS SETE DIAS

O pico da média móvel de mortes por Covid-19 nos últimos sete dias ficou para trás em 15 das 27 unidades da Federação. Com o colapso do sistema de saúde em diversos lugares e o subsequente aperto das medidas restritivas, a quantidade de óbitos começou a reduzir em alguns locais.

O grupo é composto por Amazonas, Bahia, Ceará, o Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. O cálculo da média móvel foi feito pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, em cima das informações recolhidas pelo Brasil com cada secretaria estadual.

No Amazonas, estado que teve o colapso de seu sistema de saúde antes dos demais, a queda começou ainda em fevereiro a partir de medidas de distanciamento social. No gráfico referente ao estado nortista, é possível ver o efeito positivo das medidas que foram instituídas para reduzir a quantidade de óbitos.

O caso de Roraima também chama a atenção. O estado apresentou redução na média de mortes antes das demais UFs – a partir de março – e agora observa aumento, o que poderia significar uma terceira onda da Covid-19 no local.

O risco de que quantidade de óbitos volte a crescer, mesmo depois de superada a segunda onda, é mais um alerta para a necessidade de se manter medidas de distanciamento social, aponta o médico infectologista Julival Ribeiro, que também é consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). “As medidas restritivas, bem como a vacinação em massa, são as mais importantes para a gente diminuir a transmissão do coronavírus na comunidade”, apontou.

De acordo com o especialista, diversas variantes já circulam no Brasil, sendo que a de Manaus, conhecida como P1, é altamente transmissível. “Com esse cenário, as medidas restritivas e a vacinação em massa têm impacto na transmissão. Quanto menor o número de pessoas com Covid-19 menos indivíduos vão necessitar de hospitalização e, portanto, teremos queda dos registros de mortes”, resumiu.

Ribeiro lembra que, mesmo com todas as políticas públicas acima, é preciso continuar higienizando as mãos, usando a máscara e, sobretudo, evitando aglomerações.

Fonte: Gláucia Lima 

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