Com os dados, o mundo registrou sua oitava semana consecutiva de alta em casos de contaminações. Há apenas dois meses, a OMS registrava 2 milhões de novos casos por semana. Mas a explosão de infecções, principalmente na Índia e Brasil, mudou a trajetória da curva. O período também foi o quinto consecutivo de aumento de mortes, que já superam 3 milhões de vítimas.
Segundo Tedros Ghebreyeus, diretor-geral da OMS, o mundo precisou de nove meses para atingir 1 milhão de mortos. A marca dos dois milhões, porém, só precisou de quatro meses e, agora, em três meses a marca de 3 milhões foi superada.
Tedros ainda apontou como, nas últimas semanas, um número alarmante de internações ocorreu entre adultos entre 25 e 59 anos de idade, provavelmente por conta de falta de distanciamento social e da proliferação de variantes do vírus, mais perigosas.
O Brasil continua na liderança entre os locais com mais mortes. Foram 20,3 mil, entre as 83,3 mil registradas no mundo. A taxa brasileira registra uma queda marginal de 2% em comparação à semana anterior. Mas o país segue sendo o local com o maior número absoluto de óbitos.
A segunda colocação em mortes é da Índia, com 7,8 mil novos óbitos na semana, contra pouco mais de 5,1 mil nos EUA. Em termos de novos contaminados, a Índia lidera, com 1,4 milhão de novos casos em apenas sete dias. Nos EUA, foram 477 mil, contra 459 mil no Brasil, uma queda de apenas 1%.
Na segunda-feira, Tedros indicou que o mundo tem instrumento para colocar a pandemia sob controle "em questão de meses". Mas, para isso, tais medidas precisam ser implementadas. Tedros ainda também pede que governos e empresas promovam uma transferência de tecnologia para que vacinas possam ser produzidas em diferentes do mundo.
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Fonte: Jamil Chade/UOL
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