Falou com apoiadores no Alvorada.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou a apoiadores que “talvez” escolha o novo ministro da Educação nesta 5ª feira (02.jul.2020). Ele disse que “deu problema com o [Carlos Alberto] Decotelli”, que pediu demissão 5 dias depois de assumir no cargo, por causa de uma série de inconsistências curriculares.
Decotelli foi questionado por eventual plágio na dissertação de mestrado. O doutorado e pós-doutorado dele foram colocados em dúvida pelas universidades da Argentina e Alemanha, respectivamente. Por fim, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou numa nota que o então ministro não tinha sido professor da instituição.
O ex-ministro é da reserva da Marinha. Ele presidiu o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) de fevereiro a agosto de 2019. Nesse período, a CGU (Controladoria Geral da União) apontou suspeita de irregularidades em uma licitação de R$ 3 bilhões, que foi cancelada pelo seu sucessor.
Desde que foi escolhido para comandar o Ministério da Educação na última 5ª feira (25.jun.2020), vários questionamentos sobre seu passado surgiram. Eis abaixo uma relação:
licitação suspeita quando presidiu o FNDE;
acusado de plágio em dissertação de mestrado;
universidade argentina diz que ele não tem doutorado;
ministro muda currículo pela 1ª vez depois de universidade argentina alertar sobre seu doutorado incompleto;
universidade alemã informa que ministro não tem pós-doutorado;
ministro muda currículo pela 2ª vez depois da informação de que não tem pós-doutorado;
FGV disse que Decotelli não era professor da instituição.
Agora ex-ministro, Decotelli afirmou ao Poder360 que a FGV fez uma “covardia moral” e 1 “linchamento”. Ele disse: “Se a FGV não tivesse me destruído, eu estaria agora trabalhando no MEC e ajudando o presidente Bolsonaro.”
Decotelli afirmou que o presidente Jair Bolsonaro queria mantê-lo no cargo, apesar das inconsistências curriculares. A pá de cal foi a nota da FGV.
Decotelli embarcou nesta 4ª feira (1º.jul) em 1 voo da Azul de Brasília a Campinas (SP). No aeroporto de Viracopos, onde fez conexão para Curitiba, onde mora, falou ao Poder360. Disse que a nota da FGV é “uma traição”.
Fonte: Maurílio Ferro/Poder 360
Foto: Sérgio Lima/Poder 360
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