Após a saída de Moro do Ministério da Justiça, a base do presidente ficou menor e ainda mais isolada no Twitter.
Após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, a base do presidente Jair Bolsonaro ficou menor e ainda mais isolada no Twitter. É o que aponta um levantamento da Diretoria de Análises de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP/FGV), que analisou mais de 2,85 milhões de postagens sobre o tema na rede social, entre 11h e 18h de ontem, período que compreendeu tanto o pronunciamento do ministro quanto do presidente. Os dados apontam que a base fiel a Bolsonaro mobilizou apenas 9,5% desse volume.
O Twitter é considerado o território no qual bolsonaristas travam suas disputas e é usado pelos próprios aliados de Bolsonaro para medir a popularidade das decisões do presidente. O levantamento indica que, pela primeira vez, houve ataques a Bolsonaro no grupo à direita que tradicionalmente dá sustentação ao governo. Das postagens desse núcleo, 26% foram críticas ao presidente, acusado de se render à velha política e de traição contra o titular da Justiça. Cerca de 76% das publicações foram contrárias a Moro, com acusações, por exemplo, de insubordinação e de que o ministro “abandonou o barco”.
A maior parte dos tuítes sobre a saída de Moro (70%) partiu do grupo classificado pela DAPP/FGV como de oposição, que reúne perfis de vários espectros políticos e que repudiou a saída do ministro. O engajamento desse grupo foi maior ontem que no início de abril, quando somou 60%, durante a mobilização pela permanência do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido no último dia 16. Ainda segundo a DAPP/FGV, 3,5% das postagens foram de grupos à direita, antes alinhados ao governo Bolsonaro, que lamentaram a saída de Moro. As demais publicações não tiveram alinhamento político.
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Fonte: Marlen Couto, Sérgio Roxo e Guilherme Caetano/O Globo
Foto: Daniel Marenco/Agência O Globo
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