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terça-feira, 12 de novembro de 2019

"TEMOS PARTIDOS EM DEMASIA", DIZ MARCO AURÉLIO SOBRE NOVA LEGENDA DE BOLSONARO

Ministro do STF atua como substituto no Tribunal Superior Eleitoral, que examinará pedido do presidente após o anúncio da saída do PSL.

O ministro Marco Aurélio Mello , que integra o Supremo Tribunal Federal ( STF ) e é membro substituto do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), criticou nesta terça-feira a quantidade de partidos existentes no Brasil, que hoje somam 32. O comentário foi feito diante da pergunta sobre como avaliava a ideia do presidente Jair Bolsonaro de criar uma nova legenda. Ele evitou comentar se daria tempo para haver coleta de assinaturas e para o TSE aprovar a criação da sigla em apenas seis meses.
"Resta saber se vai haver aprovação. Eu, quando estive na atuação no TSE, votei pela desaprovação dos últimos partidos. Eu creio que o Brasil já tem partidos em demasia. Ao invés de se buscar a correção do (uso do) fundo partidário, se busca a correção da forma, da vitrine", afirmou.
Marco Aurélio esclareceu que, em tese, há hipóteses na lei que justificam a suspensão do repasse de cotas do fundo a um partido, como pretende fazer Bolsonaro em relação a sua atual legenda, o PSL. No entanto, ele não quis comentar se, no caso específico, a medida deveria ser tomada.
O ministro acrescentou que o TSE não tem poderes para afastar dirigente de partido, como se pretende fazer em relação ao deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente do PSL .
"Um partido é uma instituição jurídica de direito privado. Uma intervenção estatal é dificílima, a partir dessa premissa", disse. "O fundo, há realmente as causas que levam à suspensão da quota. Interferir na direção, não. Mas temos que aguardar, porque colegiado é uma caixa de surpresa", completou.

Fonte: Último Segundo - iG
Foto: Carlos Moura/SCO/STF

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