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domingo, 24 de novembro de 2019

O APERITIVO DE LAVA TOGA

Enfim, o combate à corrupção avança no território inexplorado do Judiciário.

A Lava Jato colocou atrás das grades dois ex-presidente da República, um ex-presidente da Câmara, ex-governador, ex-parlamentares poderosos, um senador em pleno mandato…
Nenhum juiz.
Não à toa, o Judiciário é visto como um território (ainda) não explorado na luta contra a corrupção.
Há sinais consistentes, porém, de que a fronteira foi rompida.
Apuração exclusiva dos repórteres Fabio Leite e Fabio Serapião revela detalhes dos casos em que o combate à corrupção no Judiciário avança:
A face mais visível disso são duas operações da PF: Appius e Faroeste.
Ambas as operações investigam suspeitas de crimes semelhantes: um grande empresário interessado em decisões judiciais favoráveis, um juiz disposto a conceder tais veredictos e, entre eles, escritórios de advocacia construindo acordos escusos.
O caso investigado pela operação Appius é emblemático desse arranjo.
O juiz supostamente interessado em conceder a sentença favorável era ninguém menos do que César Asfor Rocha, então presidente do STJ, a segunda mais alta corte do país.
A intermediação teria ficado por conta do próprio filho de Asfor Rocha, Caio César Rocha.
A grande empresa interessada na decisão judicial favorável é a Camargo Correa, que teria pago R$ 5 milhões para que Asfor Rocha anulasse a operação Castelo de Areia — que apurava o pagamento de propina a políticos.
Os investigadores apuram ainda a participação na negociata de ex-ministro lulista Márcio Thomaz Bastos, morto em 2014.
Leia um trecho da reportagem:
Asfor paralisou a Castelo de Areia no dia 14 de janeiro de 2010, em pleno recesso forense, concedendo uma liminar inédita a pedido da defesa da Camargo, coordenada por Thomaz Bastos. O argumento foi não ser possível autorizar grampos telefônicos em uma investigação baseada apenas em uma denuncia anônima. Quinze dias depois, ele indeferiu um pedido semelhante feito por advogados de funcionários do Incra e despachantes do Mato Grosso acusados de corrupção…
A Lava Jato paulista suspeita que Caio Rocha tenha sido o operador do pai enquanto Asfor esteve no STJ. O filho é sócio de oito das noves empresas da família que tiveram o sigilo bancário e fiscal quebrado pela Justiça Federal, conforme revelou Crusoé. Uma das empresas de administração de bens, a CCVR Participações, foi aberta em dezembro de 2010 e hoje acumula capital de 26 milhões de reais…
A reportagem dá detalhes dos negócios suspeitos.
E também da venda milionária de sentenças apurada pela operação Faroeste.
É um aperitivo de Lava Toga.
LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: O Antagonista

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