Falou na posse de Augusto Aras.
O presidente Jair Bolsonaro mencionou na manhã desta 4ª feira (2.out.2019) a possibilidade de o prefeito de Salvador (BA), ACM Neto (DEM), se tornar presidente um dia. Entre cumprimentos a diversas autoridades presentes à posse do procurador-geral Augusto Aras, Bolsonaro dirigiu-se ao prefeito, que estava numa das primeiras fileiras da plateia, e citou ter conhecido o tio dele, Luís Eduardo Magalhães.
“Prezado Antônio Carlos Magalhães Neto, prefeito, tive a honra de estar ao lado do seu tio. Morava no mesmo pilotis que eu na SQN 302. Seria simples, se não fosse o destino, como presidente da República, tendo em vista o trabalho que ele exercia dentro do Parlamento. Sei que Deus o tem em 1 bom local. Quem sabe você siga aquilo que estava reservado para ele”, disse.
ACM Neto vem de uma tradicional família da política baiana. Ele é neto de Antônio Carlos Magalhães, governador da Bahia por 3 vezes –sendo duas vezes nomeado no período da ditadura militar. ACM, como era conhecido, foi senador por 2 mandatos. Presidiu o Senado entre 1997 e 2001.
O tio de ACM Neto mencionado por Bolsonaro, Luís Eduardo Magalhães, morreu de infarto em 21 de abril de 1998, aos 43 anos. Foi deputado estadual de 1979 até 1987 (2 mandatos) e deputado federal de 1987 em diante (3 mandatos). Chegou a presidir a Câmara de 1995 e 1997.
“CORRIGIR” É MELHOR QUE “SANCIONAR”
No mesmo discurso, Bolsonaro disse que “é importante” o MP (Ministério Público) investigar, mas pediu que o órgão procurasse quem estivesse “num caminho não muito certo” para que pudesse “corrigir” o que houver de errado sem que haja “uma possível sanção lá na frente”.
A afirmação foi feita durante discurso de 10 minutos do presidente na PGR (Procuradoria Geral da República), na cerimônia de transmissão de cargo ao novo procurador-geral da República, Augusto Aras, escolhido por Bolsonaro sem fazer parte da lista tríplice elaborada pela categoria.
“O apelo que faço apenas a todos os MPs: é importante investigar, é importante fazer cumprir a lei, mas por muitas vezes, se nós estivermos num caminho não muito certo, nos procurem para que possamos corrigir. Corrigindo é muito melhor do que uma possível sanção lá na frente. Todos nós erramos”, afirmou o presidente.
Fonte: Maurício Ferro/Poder 360
Foto: Sérgio Lima/Poder 360
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