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segunda-feira, 1 de julho de 2019

BOLSONARO E PT VOTARAM CONTRA O PLANO REAL.

Para atual presidente, militares sairiam prejudicados nas medidas de conversão; oposição criticava falta de diálogo do Executivo e apontava inseguranças.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) votou contra o Plano Real, posto em prática em 1º de julho de 1994, que implementou a moeda vigente até hoje no país e estabilizou a inflação. Apesar de estarem de lados opostos do espectro político, a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) também teve uma posição contrária às medidas econômicas propostas pelo governo de Itamar Franco (PMDB) e do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que ganharia as eleições presidenciais no final daquele ano.
À época, Bolsonaro pertencia ao então Partido Progressista Reformador (PPR) –que mais tarde se fundiu ao PP– e estava no final de seu primeiro mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro. Como consta no Diário do Congresso de 19 de maio de 1994, o atual presidente votou contra a Medida Provisória (MP) 482, que implementou a URV (Unidade Real de Valor) e, consequentemente, a conversão da moeda.
As regras para as medidas provisórias eram diferentes naquela época. Atualmente, elas têm duração de até 120 dias e não podem ser reeditadas caso não sejam aprovadas pelo Congresso Nacional. Em 1994, no entanto, elas caducavam após 30 dias e era permitida a reedição. Por isso, era normal que uma mesma pauta demorasse algumas medidas provisórias até ser aprovada. No caso do Plano Real, antes da MPV 482 existiu a de número 434 e 457, que também abordaram a implementação da nova moeda. As MPs são propostas pelo presidente da República e dependem de aprovação do Congresso Nacional para a transformação definitiva em lei.
Durante uma discussão da MP 434, por exemplo, em 28 de março de 1994, Bolsonaro criticou os militares de alta patente que dias antes tinham ensaiado um acordo de apoio ao Plano Real com o então governo federal. Em áudio da época (abaixo), ele disse: “Os senhores ministros e militares devem parar, refletir e pensar nas consequências para a tropa, para a democracia, para todos neste país, porque, na verdade, eu entendo que será insuportável a política salarial que estão impondo nesta oportunidade”, afirmou Bolsonaro. “Seria o mesmo que honrar o noivado mesmo depois de descobrir que a noiva tem um defeito grave. Esse noivado tem de ser desmanchado, para que se evite que o filho, os pais venham a sofrer”, disse, à época, o atual presidente. Neste ano, ele comparou sua relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com um namoro.
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Fonte: André Romani
Foto: Sérgio Lima/Folhapress

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