O poeta Alexandre Morais, com a propriedade que só grandes poetas têm, criou essa "obra-prima" para homenagear a Princesa do Pajeú.
Terra de gente guerreira. Berço de Antônio Silvino, "Rifle de Ouro", um dos principais líder do cangaço no nordeste, anterior a Lampião.
Parabéns, Afogados da Ingazeira. Parabéns Princesa do Pajeú.
Afogados da Ingazeira
Terra mãe de tantos filhos
Uns filhos do próprio ventre
E uns outros tantos perfilhos
Foste ao posto de rainha
Sem afastar-se nadinha
Do teu posto de princesa
Vigorosa majestade
Que vigora em qualidade
E qualifica a beleza
Herdaste do Pajeú
Sua saga desbravante
Até na contrariedade
Tu vais mais e sempre adiante
Orgulho dos teus internos
Exemplo pros teus externos
Tanto importas, quanto exportas
Valores, gestos, ações
Novidades, tradições
Tudo passa em tuas portas
Sustentas de Pernambuco
O brio de um povo guerreiro
Que não espera o porvir
Mas o prepara primeiro
Quando és palco de disputa
Todos os lados da luta
Se consagram vencedores
Quem perdeu, perdeu ganhando
Vendo a história mostrando
Que não houve perdedores
És pro Nordeste pequena
Mas pequena valorosa
Como a pétala que completa
O belo e o odor da rosa
Não negas tuas origens
Nem deixas criar fuligens
Nas tuas identidades
Nordestinamente pura
Fonte e forno de cultura
Engenho de a(r)tividades
És do Brasil a centelha
Necessária à maior chama
És um pedaço de pátria
Que igualmente se ama
Um brasilzinho minguante
Dentro de outro gigante
Que por ser grande braveja
Mas que braveja tão bem
Porque no brado contem
A bravura sertaneja
Cidade de feição múltipla
És plural até no nome
Tens natureza e raízes
No forjo do sobrenome
És sonho realizado
Como és sonho renovado
Que se sonha a vida inteira
Pajeuzeira adorável
Tanto amada, quanto amável
Afogados da Ingazeira
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.