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segunda-feira, 27 de maio de 2019

NÚMEROS APRESENTADOS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA MOSTRAM VIABILIDADE DOS CORREIOS NO RN.

As consequências de uma possível privatização dos Correios foi tema de Audiência Pública realizada na manhã desta sexta-feira (24), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. O deputado Francisco do PT, propositor do debate, abriu a audiência declarando que o tema é estampado rotineiramente na mídia e redes sociais.
“O desejo do atual governo federal em privatizar diversas estatais é apresentado quase que diariamente. Os Correios, que tem um papel importantíssimo em todo o país, principalmente em lugares ermos, de difícil acesso, onde empresas privadas não querem atuar, é um dos principais alvos para a privatização”, afirma Francisco, que ainda alega o fato da Estatal manter parcerias com municípios, Estado e com a União para serviços de logísticas como entrega de livros didáticos, material biológico e provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Em 2018, a empresa se destacou no serviço de entrega de encomendas, com o aumento de 20% da receita bruta.
O superintendente dos Correios no RN, Rodrigo Medeiros, participou da audiência e apresentou as funcionalidades e serviços oferecidos pela empresa que, segundo ele, é comum a toda família brasileira, mas muitos não conhecem as suas peculiaridades. “Em dois anos estamos em novo crescimento. Não podemos negar que decisões equivocadas de gestões passadas trouxeram prejuízos, mas retomamos o crescimento desde 2017 e estamos investindo num melhor funcionamento, principalmente no monopólio postal de mensagem que representa 40% da nossa receita”, defendeu o superintendente.
Para José Rivaldo da silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares – FENTECT, os Correios é uma empresa viável e salutar. “Temos exemplos de cidades potiguares que só têm o Banco Postal – serviço oferecido pelos Correios – para servir a população. Os correios é uma empresa de integração nacional, o governo federal precisa estudar a empresa antes de pensar em privatizar”, declarou Rivaldo.
A senadora Zenaide Maia (PROS) alegou que uma empresa estatal observa a população como o todo, já uma empresa privada priorizará o lucro e tratará diferente um grande centro que traz resultados positivos de uma pequena cidade que poderá gerar prejuízos. “Fiquei feliz com a apresentação do superintendente da estatal que exibiu números que comprovam a viabilidade dos Correios aqui no RN”, disse Zenaide.
O representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Teixeira, explanou que “Os Correios é uma estatal com todas as possibilidades de continuar nos orgulhando e orgulhando a quem constrói a empresa, por isso a CUT vem aqui deixar claro a toda população e companheiros, que vamos lutar nas ruas deste país contra a privatização”.
Já o presidente Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares do RN, afirma que o Governo Federal é neoliberalista, busca destruir toda a conjuntura nacional e a classe trabalhadora precisa blindar os Correios. “Para privatizar precisara passar por cima de milhares de trabalhadores que irão defender seus empregos conseguidos através de concursos públicos”, falou Edson Silva.
Dário Barbosa, representante da CSP-Conlutas, trouxe o modelo americano de gestão das empresas estatais, afirmando que o serviço de fornecimento de águas dos EUA é controlado pelo estado devido a importância do setor. “O Governo Bolsonaro declarou guerra contra os trabalhadores, mentindo sobre déficit, enquanto verificamos que a empresa caminha com suas próprias pernas”, explica Dário.
Após a exposição dos integrantes da Mesa, o debate foi aberto ao público participante. Nos depoimentos, opiniões a favor da permanência do monopólio dos correios e outras em defesa da privatização.
Os presentes que defenderam a permanência dos correios enalteceram a importância da empresa no sistema estatal. Já os que querem a privatização manifestaram a opinião que os Correios são uma empresa defasada e que não é ruim abrir o mercado, pois o problema maior é o monopólio, porque as empresas se acomodam e não existe eficiência nos trabalhos.

Fonte: Tribuna da Justiça

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