Ele está preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia, após se entregar à Polícia Civil. Segundo o MP-GO, mais de 500 relatos de abusos foram feitos ao órgão.
A Justiça negou nesta terça-feira (18) o habeas corpus para o médium João de Deus, suspeito de abusos sexuais contra mulheres durante atendimentos espirituais em Abadiânia. Ele está preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia após se entregar à Polícia Civil.
Entenda os rumos da investigação
O desembargador Jairo Ferreira Júnior foi o responsável por analisar o pedido em caráter liminar, feito pelo advogado Alberto Toron. Em nota, ele disse que pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
"Apenas a liminar foi apreciada e negada. O julgamento final do habeas deverá se dar após o recesso. Discordamos da decisão e vamos recorrer ao STJ", declarou.
Mais cedo, a Polícia Civil fez buscas em endereços ligados ao médium -- incluindo a Casa Dom Inácio de Loyola, onde ele atendia -- para tentar colher novas provas para as investigações. Entre os objetivos da corporação estava verificar a sala onde supostamente ocorreram os abusos.
A situação atual
Ministério Público recebeu 506 relatos de abusos sexuais
Das mulheres que denunciaram caso ao MP, 30 já foram ouvidas
Polícia Civil colheu depoimentos de outras 15 mulheres. Apenas 1 caso vai virar inquérito
Há relatos de supostas vítimas de seis países e vários estados brasileiros
Médium é investigado por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude
MP e polícia também querem apurar denúncia de lavagem de dinheiro
Não há pedido para suspensão do funcionamento da Casa Dom Inácio de Loyola
Fonte: Vitor Santana, Murillo Velasco e Raquel Morais/G1
Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.