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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

MORO ESTIPULA FIANÇA DE R$ 1 MILHÃO PARA EX TESOUREIRO DO PT DEIXAR PRISÃO



Paulo Ferreira é réu em processo que investiga construção de centro de pesquisa no Rio




SÃO PAULO — Preso preventivamente desde julho, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira poderá deixar a prisão se pagar uma fiança de R$ 1 milhão. A substituição da prisão preventiva por medidas alternativas foi definida nesta sexta-feira pelo juiz Sérgio Moro após a defesa de Paulo Ferreira pedir a revogação da prisão na audiência do ex-tesoureiro, na última quarta-feira.

Na ação, Paulo Ferreira, então tesoureiro do PT, é acusado de receber valores de caixa 2 de empreiteiras que atuaram no projeto do novo centro de pesquisa da Petrobras, o Cenpes. As empresas contratavam serviços do escritório de advocacia de Alexandre Romano, ex-vereador do PT em Americana. Os serviços eram feitos por Alexandre Romano, porém, o pagamento era superfaturado e parte era encaminhado para as contas do partido, administradas por Paulo Ferreira.

Ao definir deixar Paulo Ferreira em liberdade, Moro afirmou que não é necessário que ele permaneça preso já que todos as audiências do processo já foram finalizadas. Na última quarta-feira, Paulo Ferreira prestou seu depoimento como réu. Na ocasião, perguntado pelo juiz se havia uso de recursos não contabilizados em campanhas do PT, conhecido como caixa 2, Paulo Ferreira afirmou que sim.

— É um problema da cultura política nacional, doutor Moro. Eu não estou aqui para mentir para ninguém — disse Paulo Ferreira, que completou: — Negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros de todos os partidos é, na minha opinião, negar o óbvio.

Após a audiência dos réus, Moro esperará as alegações finais da defesa e, então, dará sua sentença. Para o juiz, com o processo em sua fase final, os riscos às provas diminuem.

“E no presente caso, como ocorre em alguns outros casos, não há uma indicação de que o acusado oferece um risco às próprias fontes de provas”, escreveu Moro, que lembrou que Paulo Ferreira confessou o recebimento de valores por Alexandre Correa de Oliveira Romano, embora tenha alegado que seriam contribuições de campanha. Além disso, Paulo Ferreira, disse o juiz, não era beneficiário de propinas da Petrobras.

eventual responsabilidade de Paulo Adalberto Alves Ferreira, o papel aparentemente mais subsidiário dele no esquema criminoso autoriza, nesse momento, a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares alternativas. Entre eles a fiança”, disse.


A fiança de R$ 1 milhão foi fixada baseado no montante que o próprio Paulo Ferreira admitiu que teria sido repassado a ele. Além da fiança, Paulo Ferreira não poderá deixar sua casa por mais de 20 dias sem autorização de Moro ou deixar o país. Além disso, não poderá se aproximar ou contatar, diretamente ou indiretamente, outros acusados ou testemunhas do processo.outros acusados ou testemunhas deste feito e seus familiares, inclusive e principalmente Alexandre Correa de Oliveira Romano.




FONTE: O GLOBO

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