Em três anos, 153 órgãos foram perdidos por recusas da FAB.
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) rasgou o céu do Rio para buscar o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e levá-lo de casa a Brasília. Naquela segunda-feira, 21 de dezembro de 2015, Cunha comandaria uma das últimas reuniões de líderes partidários antes do recesso. O deputado embarcou às 9h15m no Aeroporto Santos Dumont, com mais oito caronas, e antes das 11h estava na capital federal. No comando da Câmara, função da qual está afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), os voos de Cunha a bordo de um avião da FAB eram uma rotina.
No dia anterior, longe do universo burocrático dos políticos brasileiros, uma equipe médica de Cascavel (PR) diagnosticava a morte cerebral de uma adolescente de 17 anos, assassinada com uma facada no pescoço. A mãe não teve dúvidas, diante do diagnóstico, e aceitou doar coração, fígado, pâncreas e rins da filha. No topo da fila do transplante de coração estava o lavrador Firmino Pereira da Cruz, de 59 anos, internado numa UTI em Brasília. A ficha de doadora foi preenchida às 13h de 20 de dezembro. Uma equipe médica do DF se preparou para embarcar e buscar o órgão às 11h do dia seguinte. A FAB, porém, disse que não tinha condições de fazer o transporte.
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Fonte: Vinícius Sassine/ O Globo
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