Desde o governador de Geraldo Melo, lá se vão 24 anos, uma transição de governo não é marcada por atraso na folha dos servidores.
Ontem (10), em reunião da equipe de transição, na presença do governador eleito Robinson Faria, o secretário estadual de Planejamento, Obery Rodrigues, disse com todas as letras e números: faltam R$ 150 milhões para fechar a folha de pagamento em dezembro, último mês do Governo Rosalba.
A dificuldade de pagar a folha não é coisa de agora. Vem desde setembro do ano passado, fato este que gerou uma auditoria especial do Tribunal de Contas do Estado.
Obery disse a Robinson que o problema não está na arrecadação, e sim nas despesas, sempre crescentes.
O valor da folha hoje é de R$ 453 milhões. Só R$ 300 milhões estão garantidos. Tem sido assim nos últimos meses. A governadora paga uma parte dos salários, e deixa um grupo para pagar no início do mês seguinte. É o que vai se repetir agora em forma de "presentinho" para o governador eleito.
O governo atual quer mexer no fundo previdenciário para saldar o compromisso com os servidores, mas o Tribunal de Justiça já decidiu de modo contrário.
Os deputados estaduais analisam um projeto que unifica os fundos do Regime Próprio de Previdência Social, o financeiro (podre) e o previdenciário (superavitário). Com a aprovação da proposta, o governo deve "economizar" R$ 70 milhões que são repassados ao fundo financeiro (o podre) da previdência.
A encrenca vai ficar para o governador eleito Robinson Faria, que tem na folha dos servidores seu primeiro e grande desafio, sem falar nos reajustes e benefícios já aprovados por Rosalba e que vão vigorar a partir de 2015.
O pesadelo de Robinson Faria está apenas começando.
Fonte: Diógenes Dantas/http://www.nominuto.com/
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