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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

MINISTÉRIOS: TEMER AGE PARA APLACAR INSATISFAÇÃO DO PMDB.

O anúncio da presidente Dilma Rousseff de que o PMDB não terá direito a um sexto ministério este ano foi mal recebido no principal aliado. A cúpula da legenda foi chamada a interromper as férias e se reúne nesta quarta-feira à noite, em Brasília, para decidir o que fazer. Nesta terça-feira, no início do dia, setores mais radicais da sigla chegaram a defender antecipação da convenção que discutirá a aliança com o PT, mas, após a intervenção do vice Michel Temer, o princípio de crise foi aplacado.
A única certeza, até agora, é que a insatisfação pela suposta perda de espaço no governo dará combustível à ala do partido que já ameaça a aliança nacional em função de disputas eleitorais nos estados.
Possível distanciamento da reforma
A expectativa dentro do PMDB é que, ao fim do encontro desta noite de quarta-feira, os líderes do partido tirem uma posição sobre qual será o comportamento formal da legenda até o fim da reforma ministerial, que deverá acontecer entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Ninguém trata seriamente da possibilidade de o partido entregar cargos no governo, mas um grupo defende que a legenda anuncie formalmente que, diante da impossibilidade de assumir o Ministério da Integração, caberá a Dilma fazer as mudanças que quiser na Esplanada, sem qualquer interferência da legenda.
Esse “distanciamento” da reforma seria uma forma de sinalizar que a relação política não está boa, e, ao mesmo tempo, evitar a pecha de fisiológico.
— O PMDB não vai romper por causa de cargos. Agora, o tempo dirá quais serão as consequências disso. Sem dúvida haverá potencialização dos problemas que já existem nos estados — explica um dos participantes do jantar desta quarta-feira no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice.
Dilma acompanhará com atenção os desdobramentos do encontro, mas guarda uma carta na manga: confidenciou a interlocutores que ainda pode oferecer ao PMDB o Ministério da Integração, hoje comandada por Francisco Teixeira, um aliado do governador do Ceará, Cid Gomes (PROS). Mas desde que a legenda de Temer abra mão do Turismo. Cid então passaria a comandar outro ministério.
A negociação da reforma não será fácil, e Dilma percebeu isso já nas primeiras conversas com os aliados. O anúncio de que o PMDB não deve ter mais ministérios aumentou o apetite dos outros partidos da base. PSD e PP desejam agora chegar ao segundo ministério na Esplanada.
— Nossa expectativa é crescer nossa participação, porque pelo tamanho da nossa bancada estamos sub-representados em comparação com PMDB e PT. Espero que haja reconhecimento por tudo o que o partido já fez — disse o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).

Fonte: Paulo Celso Pereira - O Globo/Extra

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