Segundo o parlamentar, Alice teria se referido a ele de forma desrespeitosa e degradante, chamando-o de “negro seboso”. O episódio gerou imediata reação de movimentos sociais e lideranças políticas.
O movimento LGBTQIANP+ e o coletivo Negros Existimos emitiram uma nota de repúdio, assinada por Eliton Oliveira, diretor das duas entidades. No texto, classificam a fala como “inaceitável” e um “claro exemplo de racismo que não pode ser tolerado em nossa sociedade”. A nota cita a Lei nº 7.716/89, que tipifica o crime de racismo, e cobra providências do Ministério Público de Pernambuco, dos movimentos negros estaduais e nacionais, bem como da Câmara de Vereadores, para investigar o caso e aplicar as devidas punições à parlamentar.
Em resposta, a vereadora Alice Conrado divulgou nota negando categoricamente a acusação.
Segundo ela, “é absolutamente inverídica a acusação de que proferi qualquer ofensa pessoal ao referido parlamentar”. Alice reconheceu que houve uma discussão durante a sessão ordinária da última terça-feira (6), mas afirmou que “em nenhum momento ultrapassei os limites do respeito, da ética ou da civilidade que sempre marcaram minha conduta enquanto vereadora”.
A parlamentar também acusou adversários políticos de espalharem “fake news como instrumento político”.
A denúncia também repercutiu entre lideranças políticas. O deputado estadual e ex-prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, declarou:
“Racismo é crime e não pode ser tratado com normalidade, muito menos vindo de uma representante do povo. Minha solidariedade ao vereador China Menezes. Que as providências sejam tomadas.”
O vereador Lindomar Diniz também se manifestou, classificando o caso como “um ato criminoso que deve ser combatido com firmeza responsabilidade”.
O histórico de declarações polêmicas de Alice Conrado foi lembrado.
Fonte: Blog do Júnior Campos
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.