Presidente Jair Bolsonaro negou que a troca do ministro da Defesa e dos comandantes militares nos últimos dias foi uma forma de politização da pasta
O presidente Jair Bolsonaro negou que a troca do ministro da Defesa e dos comandantes militares nos últimos dias foi uma forma de politização da pasta. Deu a declaração em sua live semanal, transmitida na quinta-feira 1º.
“Houve especulação enorme da mídia, de que estou politizando, de que quero fazer isso ou aquilo. Uma curiosidade: quem era e quem é ministro da Defesa? Ambos são generais do Exército, do último posto da carreira, de 4 estrelas”, disse.
“Obviamente vocês sabem que um militar da ativa não pode estar filiado a qualquer partido político. Estou politizando colocando generais do último posto dentro da Defesa?“, disse. E continuou: “Quem acha que sim eu vou responder aqui. No passado, a [ex-presidente] Dilma Roussef colocou o Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, do PT, para ser ministro da Defesa“.
Bolsonaro também citou o ex-ministro Aldo Rebelo, então filiado ao PC do B. “Estava politizando ou estou politizando?”
O Ministério da Defesa informou na 3ª feira (30.mar), depois da demissão de Fernando Azevedo e Silva, que os então comandantes das Forças Armadas também deixariam os cargos.
Foram substituídos Edson Leal Pujol, do Exército; Ilques Barbosa, da Marinha; e Antônio Carlos Bermudez, da Aeronáutica. O novo chefe do ministério, general Walter Souza Braga Netto, anunciou esta semana os nomes dos novos comandantes.
O chefe do Executivo disse que Braga Netto “é uma pessoa de combate”. “Estava na Casa Civil fazendo excelente trabalho comigo e [assumiu o novo ministério] por decisão do presidente” assumiu o novo ministério.
“Foi convidado por mim, coisa rápida, ele me conhecia, eu conhecia ele. Só nós sabemos basicamente o motivo disso tudo, morreu aqui essa história. Não tem que discutir nada”, disse.
SUBSTITUIÇÃO
Bolsonaro comentou em sua live a troca no comando da cúpula das Forças Armadas. Disse que não tinha problemas a pontuar sobre os ex-chefes das tropas.
“Só tenho a agradecer pelo trabalho deles, foram excepcionais. Como são mais antigos, resolveu apresentar 3 nomes de chefes de força mais modernos que eles. E toca a vida”, declarou.
Assim como Braga Netto afirmou na apresentação dos novos comandantes que “a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira se mantêm fiéis às suas missões constitucionais”, o presidente disse que o governo não vai sair da linha constitucional.
“Sempre falei para todos os meus ministros. Todos, sem exceção. Onde é nosso jogo? Nosso jogo é dentro das 4 linhas da constituição. Não vamos sair desse retângulo”, disse.
E completou: “Onde vocês viram uma ação minha, um ato que visasse termos algo fora da constituição? Um arroubo de autoritarismo de fechar isso, censurar aquilo? Nada”.
Fonte: Redação Agora RN
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