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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

UDN: PARTIDO EXTINTO HÁ 54 ANOS PODE VOLTAR EM DOSE DUPLA

Sigla que defendeu o golpe militar e acabou extinta um ano depois busca retorno por duas vias possíveis, ambas com ideologia de direita: defesa dos valores cristãos e liberalismo econômico.

Em abril de 2020, completa 75 anos da criação de um dos primeiros partidos de direita conservadora no Brasil, a União Democrática Nacional (UDN). Fundada em 1945, defendendo o moralismo e o anti-populismo, na época figurado por Getúlio Vargas, o partido foi dissolvido 20 anos após sua criação, em 1965, pela ditadura militar, a qual a UDN havia auxiliado a instaurar. Após 54 anos adormecida, em 2019 o partido aparece, de duas vias diferentes, entre os 76 que estão em processo de formação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Se o objetivo da UDN em sua criação era fazer oposição ao varguismo, hoje o partido se reinventaria nos moldes da direita. Mais do que uma nova frente ideológica, a sigla pode agregar os mais conservadores da população brasileira, como explica o historiador Saulo Goulart.
“Qualquer ressurgimento de algo que faça referência a UDN é muito mais o ressurgimento dos tradicionalistas, do que um vínculo com a UDN antiga”. O historiador interpreta que o tradicionalismo é uma característica que permaneceu na sociedade brasileira e se demonstra principalmente quando valores privados impactam o ambiente público republicano.
A antiga UDN defendeu privatização de empresas, flexibilização trabalhista, mais abertura comercial e outras pautas de liberalismo econômico. No entanto, o partido também era conservador nos costumes, defendendo pautas morais na política.
“Os integrantes da UDN, geralmente, eram banqueiros, industriais, homens com cursos superiores. Representavam o setor mais endinheirado da burguesia urbana no Brasil”, explica o cientista político Pedro Fassoni Arruda. Seu principal líder foi o proprietário de jornais Carlos Lacerda.
Também havia no partido muitos militares de oposição à Vargas. Em 1964, com o auxílio das Forças Armadas, o partido, pelas mãos de Lacerda, articulou a derrubada de seu opositor, João Goulart, participando do golpe que levaria ao início da ditadura militar.“Embora em sua origem o partido seja uma oposição democrática à ditadura de Vargas, em 1964 a UDN acaba aderindo às ideias golpistas”, explica o cientista político.
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Fonte: Último Segundo - iG
Foto: Divulgação

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