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segunda-feira, 14 de novembro de 2016
BRASIL CORRUPÇÃO: A ORIGEM DESSE MAL E QUAIS AS PERSPECTIVAS?
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, declarou recentemente que a corrupção no nosso país é "histórica, endêmica, sistemática e se arrasta ao longo das últimas décadas". O que então a história brasileira nos diz sobre a corrupção?
É bem verdade que o desejo de usufruir de benefícios, as facilidades proporcionadas pelo poder e o bem-estar em alcançar interesses próprios fazem com que o ser humano muitas vezes ultrapasse o limite da ética, da honestidade e da legalidade. E o pior, às vezes, esse ultrapassar do limite para se atingir aos objetivos não republicanos perdeu o bom senso que se tinha antes em relação a cerimônia dos atos ilícitos. Hodiernamente, se age como se fosse normal.
A possibilidade de ser corrompido em decorrência da satisfação de desejos pessoais existe para qualquer ser humano. Por isso, datar a origem da corrupção é atrelá-la à história do homem, uma vez que até mesmo os textos bíblicos fazem menção de sua ocorrência na Idade Antiga.
Alguns historiadores atribuem a origem da corrupção no Brasil à época da colonização pelos portugueses, que subornaram, escravizaram, mataram os povos nativos e contrabandearam os tesouros brasileiros. No período escravagista o comércio de escravos foi proibido, mas as autoridades e funcionários públicos faziam vistas grossas, afinal todos eles lucravam com o tráfico.
Com a instauração da República, outras formas de corrupção surgiram, como a eleitoral, através do voto de cabresto, existente até hoje de forma contemporizada. E falando nela, a corrupção eleitoral é apenas uma das formas através da qual se concretiza esse mal, mas é talvez a mais nefasta, já que a partir dela temos o círculo vicioso e pernicioso para se manter no poder.
Sem dúvida, ela foi intensificada nos últimos 20 anos pelos fenômenos do capitalismo e da globalização em que o ter sempre é mais valorizado que o ser, e o individualismo é estimulado em detrimento do bem da coletividade, como bem nos ensina Augusto Cury em seus livros. Ela se sustenta pelo clientelismo na figura das grandes empresas, pelo nepotismo e oligarquismo, principalmente pelo interior do país.
Nessa perspectiva histórica, percebemos que o Brasil foi colonizado, não para ser desenvolvido e povoado, mas apenas ser explorado e continua até hoje, mudando-se somente a forma. Ao passo que os Estados Unidos, por exemplo, foi colonizado por ingleses que fugidos das perseguições religiosas objetivavam transformar a região num lugar próspero para viver e comercializar.
Enquanto franceses executaram seu próprio rei, Luís XVI, na guilhotina em praça pública e demonstraram que nenhum governante está acima da Nação, os brasileiros são um povo sem grandes revoltas anotadas em sua história, um povo sem muito patriotismo, talvez porque um país tão jovem, grande e diversificado culturalmente não conseguiu ainda formar sua própria identidade a fim de que seu povo possa se nela reconhecer e defender.
A corrupção assim, não é um problema recente, mas se tornou cada vez mais prejudicial, por isso, pouco ou nada importa a sua origem. O essencial mesmo é lutar pelo seu fim! Essa batalha deve ser um compromisso de todo cidadão, pois quem rouba ou deixa roubar apenas contribui para perpetuá-la.
Hoje, nesse momento de instabilidade política no país, muitas dúvidas e uma certeza: a necessidade do combate à corrupção, aos desvios de recursos públicos, à sua má aplicação e à todas as formas de suborno. Como disse Marques de Maricá (1773-1848) “um povo corrompido não pode tolerar governo que não seja corruptor”, então está na hora de deixarmos de ser um povo explorado, oprimido, roubado, massacrado, ou seja, deixar de sermos espectadores para sermos autores da nossa história e começar a escrever um novo caminho para o nosso país.
E esse caminho só depende da mudança individual de cada um de nós, pois o problema em nosso país é a chamada transferência de responsabilidade, em que sempre buscamos o outro para apontar aonde se encontra a culpa e esta sinceramente está desde a nossa origem em cada um de nós e quem não concorda com essa assertiva, sinceramente, mais uma vez continua a saga de achar que o problema não é seu.
Realmente, o problema não é só seu, é nosso e, por conseguinte, nós é que temos de resolver, e nós significa todos, cada um, evidentemente, como se diz, no seu quadrado, e quando começarmos a resolver esse problema interno e nos parece que já demos um grande passo, as mudanças em todos os sentidos começarão a aparecer.
Vamos todos juntos mudar a cara do nosso país quanto a esse mal que nos assola desde o começo, sem qualquer paixão partidária ou pessoal, pois a verdadeira paixão, ou melhor, amor deve ser à nossa pátria, que não aguenta mais chorar ao longo de todos esses anos, pois se fizermos uma breve análise de custo e benefício, estamos com déficit e este tem que ser extirpado para que as futuras gerações deixem de chorar como nós, sendo o sorriso a marca desse país, que com certeza tem jeito.
POR HERVAL SAMPAIO E JOYCE MORAIS
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