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terça-feira, 29 de agosto de 2017

RODRIGO MAIA ASSUME INTERINAMENTE A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.

Mesmo na Presidência da República, Rodrigo Maia disse que vai continuar participando dos debates para a construção de um acordo em torno da Reforma Política.

Com a viagem de Michel Temer à China, nesta terça-feira (29), assumiu a presidência da República o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Temer permanece fora do país até 6 de setembro, para participar de reunião do Brics – grupo formado pelo Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul – e, também, buscar investimentos.
Como o primeiro vice-presidência da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), participa da comitiva de Temer à Ásia, a Casa será comandada neste período pelo segundo vice, André Fufuca (PP-MA).
Mesmo na Presidência da República, Rodrigo Maia disse que vai continuar participando dos debates para a construção de um acordo em torno da Reforma Política.
O presidente participou de um debate em São Paulo, nesta segunda-feira (28), sobre a renovação política. Em entrevista à imprensa, Maia informou que, concluída a votação da Medida Provisória (777/17) que muda os juros concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social nesta terça (29), o Plenário deve se dedicar na quarta (30) às propostas de Reforma Política (PEC 77/03 e PEC 282/16).
"Vamos continuar articulando. (...) Estou me empenhando pessoalmente para que a gente consiga ter em 2022 o sistema distrital misto. Tem outra PEC, da cláusula de desempenho e fim de coligação, que acho que está mais harmonizada. Para que a gente possa terminar de votar a TLP na terça; na quarta, a gente possa passar o dia votando as duas PECs da reforma. Acho que são importantes. Apesar de toda a polêmica, tem coisas boas nas duas PECs e que precisam ser aprovadas no Parlamento brasileiro."
Rodrigo Maia também comentou a ação ajuizada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no Supremo Tribunal Federal, que contesta o Plano de Seguridade Social dos Congressistas. Segundo o presidente da Câmara, a previdência dos congressistas é mais restritiva do que a dos demais segurados, pois exige idade mínima de 60 anos e, pelo menos 35 anos de serviço. Ainda assim, na avaliação de Maia, o questionamento é bem-vindo neste momento em que, segundo ele, mudanças na Previdência como um todo são necessárias.
"Nos últimos anos, desde que ela (Previdência dos congressistas) foi criada, apenas 50 parlamentares se aposentaram por esse sistema. O que prova que não é tão simples assim. Agora, queremos caminhar para os 65 anos, queremos acabar com a paridade, como também queremos que todos que têm os melhores salários, melhores condições, possam contribuir para que a Previdência brasileira deixe de ser deficitária, que tome dos brasileiros 40, 50, 60 bilhões de reais por ano, e possamos investir esses recursos na vida, no dia a dia do trabalhador, na educação, na saúde, que acho que este é o grande desafio."
A proposta de Reforma da Previdência aguarda análise pelo Plenário da Câmara, onde precisa do aval de, no mínimo, 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação, para ir ao Senado.

Fonte: Ana Raquel Macedo/Rádio Câmara

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