Documentos da operação Mafiusi indicam nova linha de investigação sobre Willian Barile Agati, apontado como faz-tudo da cúpula da facção
Agati, apontado como o concierge da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como líder do grupo.
Ele ficou conhecido como concierge, espécie de faz-tudo de lideranças do PCC, após um delator afirmar que ele prestava diversos serviços à organização criminosa.
Como mostrou a coluna, após a denúncia do MPF pelo esquema de tráfico, a PF agora investiga a lavagem de dinheiro do tráfico pelo grupo de Agati.
Para avançar na investigação, a PF pediu o sequestro de bens de empresas que seriam ligadas a Agati. É nesse pedido que os investigadores citam o suposto uso de Bets para lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas.
A coluna apurou que a PF encontrou indícios de que Willian Barile AgatiI e Tharek Mourad Mourad utilizam casas de apostas e cassinos virtuais, popularmente conhecidos como bets, para lavar valores do tráfico.
Tharek Mourad, citado pela PF, é apontado como um doleiro que atuava na lavagem de dinheiro para Agati e aparece em conversas encontradas em celulares e aparelhos eletrônicos apreendidos.
“O investigado Tharek Mourad Mourad é o principal operador financeiro da organização criminosa no âmbito do tráfico internacional de drogas, sendo ele o doleiro responsável por coordenar e executar os pagamentos de valores provenientes das remessas de cocaína para o exterior, viabilizando tanto a entrega quanto o recebimento de dinheiro em espécie, notadamente por meio de operação dólar-cabo”, diz a PF.
Fonte: Letícia Pille/Metrópoles
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