Que o líder governista da cidade de Antônio Martins, ex-prefeito José Júlio Fernandes Neto, aparentemente tinha entrado em processo de total desgaste, isso era visível. Digo era.
Mas as urnas de 7 de outubro mostraram o contrário. Mostra outro panorama.
Com o deputado estadual Galeno Torquato, inesperadamente sendo majoritário, deu uma nova visão ao cenário político da cidade. Apoiado pelo grupo do prefeito Jorge Fernandes, cria política do médico José Júlio, ver-se que, o que imaginou-se sepultado, politicamente, ressurgiu das cinzas e levou Galeno ao topo. Mérito do médico e ex-prefeito e seus aliados? Não. A oposição conseguiu perder pra ela mesma.
Em uma cidade onde o nome do ex-prefeito foi por muito tempo ventilado com um grande governante, em seu primeiro mandato, cutucá-lo com vara curta, é coisa pra quem tem coragem de mexer com filhote, a onça vendo. E não deu outra...
O bloco contrário, ao meu ver, por rixa dentre eles, apoiaram três nomes diferentes para a assembleia. Termômetro maior do embate de 7 de outubro.
O vereador Irandir Nunes de Oliveira, "Biô", mais votado em 2016, apoiou Gustavo Carvalho. Dando-lhe 494 votos.
Já a vereadora Alexandra Moreira, defendeu o nome de Gustavo Fernandes. com muito esforço, devido o "peso" do nome do parlamentar do PSDB, alcançou 221 votos.
O bloco maior da oposição, liderado pelo também médico Francisco Fernandes, acrescentando-se o apoio de dois vereadores, Ozanildo Almeida e Rair Oliveira, chegou a 1.243 votos, para seu candidato, Bernardo Amorim.
Correndo por fora, aparece a vereadora Lila Lemos, que apoiando Sousa, em seu projeto de reeleição, obteve 552 votos. Porém, não consideremos Lila Lemos oposição. Afinal, está atrelada ao governo municipal. Ainda.
Na verdade, os números não mentem, o grande vencedor de 7 de outubro, foi o ex-prefeito José Júlio. Afinal, foi ele quem fez o majoritário. Entende-se, em qualquer que seja a situação, quem vence é aquele que tem mais votos. Não a alquimia que faça com que os votos de um segundo colocado sejam maior que o majoritário. É aceitar e levar a cabeça. Partir pra próxima.
Mas, "peraí"...
Partir pra próxima?
Sim. É a única forma de apagar o grande fiasco que foram as urnas para o grupo situacionista da terra da Boa Esperança.
A tolerância me manteve em silêncio, porém, a insistência de um certo "aprendiz" de político, me fez explanar meu pensamento. Política não é feito para principiantes. Só sobrevive nela, quem for estrategista, audaz, arrojado. Política se faz juntando, agregando. Não dividindo.
Não entendo, como nega-se o apoio de outrem, que como si próprio é opositor, contrário.
Tivemos acesso a mensagem de diálogo, onde ver-se clara e nitidamente, que a união a vereadora Alexandra Moreira foi praticamente descartada. Decisões sendo tomadas por alguém que não tem nenhum outro voto, que não seja o seu próprio. Capricho de quem aparenta ser incapaz de aceitar, que cada um tem o seu valor, dentro do panorama político.
Alexandra Moreira teve nada menos que 553 votos em 2016, conseguindo o segundo lugar no geral. Mais de 11% de toda uma votação.
O que quer uma oposição, que não consegue unificar, agregar em um só grupo, os "iguais".
Observemos que os dois vereadores mais votados, são oposição ao prefeito Jorge Fernandes, mas não comungaram, nem comungam em apoiar o candidato de um grupo que numericamente é maior. Numericamente, friso.
Em 2018, liderados por Francisco Fernandes, o maior nome da oposição de Antônio Martins, o grupo deu pouco mais votos que estes parlamentares que lideraram a votação em 2016, obtiveram na corrida 2016. Mas cada eleição tem sua história. Mas vejamos que tudo seria muito diferente, se não houve uma pedra, uma venda, nos olhos de que deve e tem que tomar decisões, e não delegar a quem não tem nenhum voto, repito.