Diz que é imposto ‘carimbado’. Falou com jornalistas em almoço.
O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (31.ago.2019) ser contra a inclusão de 1 imposto sobre movimentações financeiras, nos moldes da antiga CPMF, na reforma tributária a ser enviada pelo governo ao Congresso.
Segundo ele, esse imposto é “carimbado” e não tem apoio do Legislativo. A ideia tem sido defendida pelo ministro Paulo Guedes (Economia) e pelo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra.
No início da tarde, o presidente convidou 6 jornalistas que o esperavam na entrada no Quartel General do Exército, em Brasília, para o almoço. Falou com o grupo durante 1h30 em churrasco com membros do gabinete. O Poder360 estava presente. A conversa não pôde ser gravada.
O presidente afirmou ainda que o projeto incluirá apenas impostos federais, e não os estaduais e municipais. Cintra defende a criação de 1 IVA (Imposto de Valor Agregado) com a adesão voluntária de Estados e municípios.
Item prioritário da agenda econômica após a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência, a reforma tributária ainda será enviada pelo governo ao Congresso.
Hoje, 2 textos já tramitam no Legislativo: 1 no Senado, que tem como base a proposta do ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly, e 1 na Câmara, baseado nos estudos do economista Bernard Appy.
REFORMA TRABALHISTA
Bolsonaro afirmou que se o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, quiser enviar outra reforma trabalhista ao Congresso, ele tem o seu apoio.
Segundo ele, se mudanças na legislação trabalhista não tivessem sido aprovadas no governo do presidente Michel Temer, em 2017, a economia estaria ainda pior agora.
Ele voltou a dizer as pessoas preferem ter “mais empregos e menos direitos” do que mais direitos e menos empregos. A ideia é repetida com frequência pelo ministro Paulo Guedes.
“Quem nunca contratou alguém por fora? Graças a Deus nunca tive nenhum problema”, disse.
O ALMOÇO
Neste sábado, Bolsonaro convidou 6 jornalistas que o esperavam na entrada no Quartel General do Exército, em Brasília, para almoçar. Em tom descontraído, falou com o grupo por cerca de 1h30 durante 1 churrasco com membros do gabinete e familiares. A conversa não pôde ser gravada.
O presidente respondeu a todas às perguntas pelos jornalistas. Contou que se sente em 1 “cemitério” no Palácio da Alvorada e que prefere “fazer qualquer coisa do que ficar lá”. “Até conversar com vocês, jornalistas”, brincou.
Bolsonaro vestia uma blusa com a logomarca da festa de peão de Barretos e 1 colete à prova de balas.
Parou a conversa em algumas ocasiões para cumprimentar os presentes. Não bebeu. Segundo ele, sua “cota” é de uma latinha de cerveja por mês. “Nunca fui de beber. Mas é o preço que se paga por ter uma esposa boa como a Michelle.”
O presidente chorou ao lembrar das cirurgias pelas quais passou após ter levado uma facada na barriga, em setembro. Disse não acreditar ter sido eleito devido ao episódio. Afirmou também que sente falta de fazer exercícios. “Não dá tempo.”
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Fonte: Mariana Ribeiro/Poder 360
Foto: Sérgio Lima/Poder 360