O Banco Central (BC) encontrou R$ 1,7 milhão nas contas do advogado Tiago Cedraz, alvo da 45ª fase da Lava-Jato (Operação Abate II) e filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz. O juiz Sergio Moro já havia determinado o bloqueio de até R$ 6 milhões. Nas contas de Sergio Tourinho Dantas, outro advogado envolvido no esquema investigado, foram encontrados R$ 301 mil.
Cedraz foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão da Operação Abate 2, 45ª fase da Lava-Jato, deflagrada na última quarta-feira. De acordo com os investigadores, Tiago Cedraz e Sérgio Tourinho Dantas participaram de reuniões de planejamento para pagamento de propinas a agentes da Petrobras. Eles teriam recebido comissão pela contratação, pela Petrobras, da empresa americana Sargeant Marine em um contrato de fornecimento de asfalto.
Cedraz é suspeito, neste caso, de ter recebido US$ 50 mil em contas em nome de uma empresa mantida na Suíça. Segundo o delegado Felipe Hille Pace, que fez o pedido para a deflagração da ação a Moro, Cedraz teria indicado alguns doleiros para participarem do esquema.
"Considerando os fatos narrados na decisão, resolvo decretar o bloqueio das contas dos investigados até o montante de seis milhões de reais, correspondente aproximadamente ao montante total pago pela Sargeant Marine a título de comissão", escreveu Moro em despacho.
Moro destacou que, embora os investigados tenham recebido apenas parte dos valores supostamente pagos em propina, sua participação no esquema "torna-os, em princípio, responsáveis pelo todo".
Fonte: Estagiário, sob supervisão de Flávio Freire/O Globo
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