O ato, na Expo Center Norte, zona Norte de São Paulo, cimenta a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como candidato a vice na chapa.
Em evento marcado por referências às campanhas passadas do ex-presidente Lula, alertas sobre os riscos para a democracia e severas críticas ao governo Jair Bolsonaro, o petista disse que o “o Brasil precisa voltar a ser um país normal”.
Batizado de “Vamos Juntos Pelo Brasil”, o encontro reuniu lideranças políticas e militantes de todos os partidos que devem apoiá-lo nas eleições.
Escolhido para o posto de vice na chapa, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, diagnosticado com covid-19, participou por meio de um vídeo transmitido em telão.
Em discurso de 47 minutos após uma fala de Alckmin, Lula usou o mote da soberania para criticar o atual governo em diferentes áreas, relembrar feitos de seus dois mandatos (de 2003 a 2010) e fazer promessas. Na parte final de sua fala, afirmou que o Brasil precisa “voltar a ser um país normal”.
“É preciso dizer com toda clareza. Para sair da crise, crescer e se desenvolver, o Brasil precisa voltar a ser um país normal, no mais alto sentido da palavra. Não somos a terra do faroeste, onde cada um impõe a sua própria lei”, disse. “Temos a lei maior, a Constituição, que rege a nossa existência coletiva. E ninguém, absolutamente ninguém, está acima dela. Ninguém tem o direito de ignorá-la ou de afrontá-la.”
Na sequência, o ex-presidente afirmou que “é imperioso que cada um volte a tratar dos assuntos de sua competência, sem exorbitar, sem extrapolar, sem interferir nas atribuições alheias”.
Sem fazer menção explícita às críticas e ameaças frequentes de Bolsonaro e apoiadores do presidente ao sistema eleitoral, Lula afirmou: “Chega de ameaças, chega de suspeições absurdas, chega de chantagens verbais, chega de tensões artificiais. O país precisa de calma e tranquilidade para trabalhar e vencer as dificuldades atuais. E decidirá livremente, no momento que a lei determina, quem deve governá-lo”.
Num dos momentos mais fortes do discurso, exclamou: “Queremos voltar para que ninguém nunca mais ouse desafiar a democracia. E para que o fascismo seja devolvido ao esgoto da história, de onde jamais deveria ter saído”.
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Fonte: César Felício e Ricardo Mendonça/Valor Econômico
Foto: Reprodução/Twitter
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