Após duas semanas de toque de recolher mais longo e medidas restritivas mais rígidas impostas pelo governo estadual, o atual cenário da pandemia no Rio Grande do Norte ainda é crítico e carece de preocupação. Neste domingo (14), o estado chegou aos 180.310 casos confirmados e 3.919 óbitos pela doença.
Mesmo com o decreto proibindo a circulação de pessoas entre 20h e 6h da manhã do dia seguinte, o número de casos registrados nessa semana foi maior do que o total da semana passada. Entre a segunda-feira (8) e este domingo (14), o Rio Grande do Norte somou 8.027 casos confirmados da doença. Entre 1º e 7 de março, o RN acumulou 5.388 confirmações. O início do período foi o mais crítico, com o estado registrando 2.248 casos na segunda-feira (8). Por outro lado, apenas 185 novas ocorrências foram notificadas neste domingo (14).
Já em relação ao número de mortes em decorrência da covid-19, o Rio Grande do Norte acumulou 185 vidas perdidas entre a segunda-feira, dia 8, e o domingo, dia 14. Ao contrário dos dados de casos, este domingo foi o dia com maior número de mortes anotadas pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap-RN), com 39 registros.
Isso refletiu na ocupação de leitos disponíveis para o tratamento da doença no Rio Grande do Norte. Mesmo com a abertura de novos leitos promovida pelo governo estado e pela prefeitura de Natal, a situação se manteve delicada. De acordo com os dados da plataforma Regula RN, o Rio Grande do Norte tem 97,3% dos leitos ocupados, em consulta feita às 12h40 deste domingo (14).
As três regiões monitoradas possuem níveis semelhantes e críticos. No Oeste Potiguar, a ocupação é de 97,9%. No Seridó, 97,5% dos leitos estão sendo utilizados por pacientes que lutam contra a covid-19. Por fim, a Região Metropolitana de Natal soma 97% de ocupação de leitos. Dos 23 hospitais com leitos disponíveis para tratamento da doença, 19 estão operando com 100% de ocupação. Os que ainda não estão lotados contam com apenas uma vaga. A exceção é o Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, que atende apenas a pacientes infantis, que ainda possui 5 vagas.
Legenda
Os hospitais que estão 100% ocupados são: Hospital Colônia João Machado, Hospital de Campanha de Natal, Hospital Luiz Antônio, Hospital Dr. Mariano Coelho, Hospital Manoel Lucas de Miranda, Hospital Maternidade Belarmina Monte, Hospital Maternidade do Divino Amor, Hospital Municipal Aluizio Berra, Hospital Municipal de Natal, Hospital Rafael Fernandes, Hospital Regional Alfredo Mesquita, Hospital Regional de João Câmara, Hospital Regional Tarcísio Maia, Hospital Regional Hélio Morais Marinho, Hospital Regional Lindolfo Gomes Vidal, Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos, Hospital São Luiz, Hospital Universitário Onofre Lopes e Hospital Maternidade Infantil Integrada de São Paulo do Potengi.
Com a superlotação das unidades hospitalares, o RN apresentou corrida por uma vaga. Ao todo, de acordo com a plataforma, 92 pacientes esperam um leito em todo o estado, sendo 89 deles na Região Metropolitana de Natal. Além disso, o estado tem cinco pacientes com perfil de leito crítico aguardando a avaliação do prestador e 12 esperando por transporte.
No último domingo (7), conforme mostrou levantamento do Portal da Tropical, o RN tinha 310 leitos críticos para tratamento da doença. Hoje, esse número é de 345, após abertura de novos leitos. No entanto, o patamar de ocupação não alterou. Desse total, 324 estão ocupados, nove estão disponíveis e 12 estão bloqueados. Já os leitos clínicos eram 337 e aumentaram para 365. Desses, 303 estão ocupados, 50 disponíveis e 12 estão bloqueados.
Ao longo da semana, novas doses da vacina contra a covid-19 chegaram ao estado. De acordo com a secretaria de Saúde, os imunizantes serão destinados para o início da vacinação dos idosos a partir de 75 anos. Em Natal, a prefeitura iniciou neste domingo (14) a imunização dos idosos com mais de 76 anos. Na quarta-feira (10), já havia começado no grupo com mais de 78 anos. Em Mossoró e em Parnamirim, a vacinação em idosos a partir de 75 anos começa nesta segunda-feira (15).
Fonte: Gláucia Lima
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