Pior fase da pandemia dificulta diagnóstico de problemas nas vias aéreas devido aos sintomas parecidos nos pacientes
O outono começou há dez dias, porém como as temperaturas mais amenas e o tempo seco estão ocorrendo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste a partir desta quarta-feira 31. Junto com o friozinho, está aberta a temporada dos problemas respiratórios.
Neste ano, existe ainda o agravante do Brasil viver a pior fase da pandemia do novo coronavírus, e os sintomas das doenças respiratórias mais comuns são praticamente os mesmos da.
O pneumologista Flavio Arbex explica que, seja qual for o problema, o paciente será tratado como possível infectado pelo SARS-CoV-2.
“Nos dias de hoje, não temos o direito de pensar diferente e não temos como diferenciar os sintomas. Não ficamos diferenciando o sintoma respiratório. Todos são diagnosticados com suspeita covid até que os exames comprovem o contrário ou não ”, diz o médico que viveu experiências assim na pandemia.
“Tive mais de um paciente que chegou ao consultório reclamando de rinite ou sinusite atacada, mas na verdade era covid.”
Mesmo com a necessidade de isolamento social, a indicação do especialista é procurar um profissional.
“É necessário descobrir qual é o problema. Então, a indicação é fique isolado e só saia para ir ao um médico ou posto de saúde, para que seja feito exame ”, recomenda Arbex.
As doenças respiratórias são frequentes nas épocas mais secas e frias, quando as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados e aumenta a concentração de poluentes no ar pela falta de chuva.
Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas são os mais atingidos, e a atenção deve ser redobrada.
Para gripe, resfriado, que são doenças infecciosas virais, a prevenção é igual à usada contra o novo coronavírus: higienização de mãos, máscara e isolamento social.
Já para as doenças alérgicas, que são rinite, asma, sinusite, bronquite e enfisema pulmonar, Flavio recomenda melhorar o lugar onde as pessoas moram ou trabalhar.
“É importante manter o ambiente arejado, evitar pó, poeira, ácaro, tapete, carpete e cortina … umidificar o ambiente, já que a secura do tempo pode machucar como vias aéreas”, explica.
Se não for possível usar umidificador, o Abex confirmar que colocar pano molhado ou baldes com água em escritório, salas ou quartos ajuda a melhorar o ar.
O médico ressalta que os pacientes crônicos devem manter o tratamento em dia.
“É muito comum quem tem rinite, sinusite, asma, DPOC [doença pulmonar obstrutiva crônica] pararem o tratamento quando estão bem. Aí, chega essa época, e ficam problemas. Não pode parar o tratamento no meio ou só usar o medicamento quando está em crise ”, alerta Arbex.
O pneumologista faz questão de indicar a vacinação contra uma queixa, que começa no próximo dia 12, e lembra uma recomendação que serve para qualquer problema de saúde: “Não usar remédios por conta própria, tem de procurar um médico. Até porque, no caso das doenças respiratórias, os medicamentos só diminuem os sintomas, mas não curam a doença ”, finaliza.
Fonte: R7/Agora RN
Foto: PIXABAY
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.