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quarta-feira, 31 de março de 2021

COMO DIFERENCIAR COVID DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS COMUNS DO OUTONO

Pior fase da pandemia dificulta diagnóstico de problemas nas vias aéreas devido aos sintomas parecidos nos pacientes

O outono começou há dez dias, porém como as temperaturas mais amenas e o tempo seco estão ocorrendo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste a partir desta quarta-feira 31. Junto com o friozinho, está aberta a temporada dos problemas respiratórios. 

Neste ano, existe ainda o agravante do Brasil viver a pior fase da pandemia do novo coronavírus, e os sintomas das doenças respiratórias mais comuns são praticamente os mesmos da. 

O pneumologista Flavio Arbex explica que, seja qual for o problema, o paciente será tratado como possível infectado pelo SARS-CoV-2. 

“Nos dias de hoje, não temos o direito de pensar diferente e não temos como diferenciar os sintomas. Não ficamos diferenciando o sintoma respiratório. Todos são diagnosticados com suspeita covid até que os exames comprovem o contrário ou não ”, diz o médico que viveu experiências assim na pandemia. 

“Tive mais de um paciente que chegou ao consultório reclamando de rinite ou sinusite atacada, mas na verdade era covid.” 

Mesmo com a necessidade de isolamento social, a indicação do especialista é procurar um profissional. 

“É necessário descobrir qual é o problema. Então, a indicação é fique isolado e só saia para ir ao um médico ou posto de saúde, para que seja feito exame ”, recomenda Arbex. 

As doenças respiratórias são frequentes nas épocas mais secas e frias, quando as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados e aumenta a concentração de poluentes no ar pela falta de chuva. 

Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas são os mais atingidos, e a atenção deve ser redobrada. 

Para gripe, resfriado, que são doenças infecciosas virais, a prevenção é igual à usada contra o novo coronavírus: higienização de mãos, máscara e isolamento social. 

Já para as doenças alérgicas, que são rinite, asma, sinusite, bronquite e enfisema pulmonar, Flavio recomenda melhorar o lugar onde as pessoas moram ou trabalhar. 

“É importante manter o ambiente arejado, evitar pó, poeira, ácaro, tapete, carpete e cortina … umidificar o ambiente, já que a secura do tempo pode machucar como vias aéreas”, explica. 

Se não for possível usar umidificador, o Abex confirmar que colocar pano molhado ou baldes com água em escritório, salas ou quartos ajuda a melhorar o ar. 

O médico ressalta que os pacientes crônicos devem manter o tratamento em dia. 

“É muito comum quem tem rinite, sinusite, asma, DPOC [doença pulmonar obstrutiva crônica] pararem o tratamento quando estão bem. Aí, chega essa época, e ficam problemas. Não pode parar o tratamento no meio ou só usar o medicamento quando está em crise ”, alerta Arbex. 

O pneumologista faz questão de indicar a vacinação contra uma queixa, que começa no próximo dia 12, e lembra uma recomendação que serve para qualquer problema de saúde: “Não usar remédios por conta própria, tem de procurar um médico. Até porque, no caso das doenças respiratórias, os medicamentos só diminuem os sintomas, mas não curam a doença ”, finaliza.

Fonte: R7/Agora RN

Foto: PIXABAY

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