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domingo, 22 de setembro de 2024

VEREADOR E POLICIAIS SÃO PRESOS POR FALSAS OPERAÇÕES CONTRA O TRÁFICO

Grupo de presos em Piraju, no interior de SP, estaria envolvido em esquema que desviava drogas apreendidas em “falsas operações”

Uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu nesta sexta-feira (20/9) quatro policiais civis investigados de participar de um esquema de tráfico de drogas na cidade de Piraju, no interior de São Paulo. Um desses agentes é o vereador Paulo Rogério Cardoso (PL), conhecido como Paulinho Policial.

O político, que é candidato à reeleição, assim como os outros policias, teria forjado falsas operações contra tráfico de drogas para repassar o material.

De acordo com o promotor do Gaeco Nelson Aparecido Febraio Júnior, os policiais faziam com que traficantes locais comprassem drogas de traficantes maiores. Quando a remessa de droga chagava, eles simulavam uma apreensão de drogas.

“Nessa armadilha para que a droga chegasse até eles e eles pudessem desviar essa droga, ninguém era preso. Eles deixavam as pessoas fugirem do local e a droga nunca era apresentada na delegacia de polícia. Essa droga era armazenada entre eles e, posteriormente, entregue a terceiros que estão sendo identificados neste momento”, explicou o promotor.

Além de responderem criminalmente, os policiais civil estão sendo investigados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e podem perder o cargo.

Na mesma operação, denominada “Cama de Gato”, foram cumpridos ao todo 12 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em cidades do interior de São Paulo e em municípios do Paraná. As investigações mostraram que o esquema começou na cidade de Carlópolis, no Paraná.

Além das prisões, também foram apreendidos carros de luxo e R$ 105 mil em dinheiro.

Os nomes dos agentes presos não foram divulgados. O Metrópoles tentou contato com a defesa do vereador Paulo Rogério, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno. O espaço segue em aberto.

Fonte: Pedro Trajano/Metrópoles

Foto: Reprodução MPSP

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