O movimento mais surpreendente do rompimento do PMDB com o Governo Rosalba não se deu no âmbito da legenda peemedebista - um afastamento anunciado há meses. E, sim, nos domínios do partido da governadora, o Democratas.
Na sequência dos acontecimentos em torno do PMDB, o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, foi claro: do Governo, cuida Rosalba. Ele, Agripino, cuida do Democratas.
Segundo José Agripino, o DEM vai continuar dialogando com o PMDB, com Henrique Eduardo Alves, com Garibaldi Alves Filho.
Agripino não quer perder o PMDB de vista. Só faltou mandar Rosalba e Carlos Augusto Rosado cantarem em outra freguesia.
Fala-se que José Agripino desfia um rosário de queixas para o casal que governa o Estado: desprestígio no governo (Agripino não apita em nada, apesar de ter vários ex-auxiliares na gestão do DEM), Rosalba se negou a participar do programa nacional do partido que teceu críticas a Dilma, a governadora disse que poderia votar em Dilma (bobagem, porque Henrique e Garibaldi votam em Dilma e Agripino não quer largar o pé deles), e o governo com baixos índices de popularidade.
À boca miúda, José Agripino Maia tem dito a interlocutores próximos que o governo Rosalba não tem jeito e culpa o centralismo de Carlos Augusto Rosado.
O senador do DEM quer distância do casal e demonstra isso claramente com as últimas declarações de apreço e de amizade aos líderes do PMDB.
O distanciamento de Agripino cria um grande problema para Rosalba Ciarlini: como presidente nacional do Democratas, José Agripino pode negar a legenda para que a governadora dispute a reeleição. Ou seja, Rosalba é refém de Agripino.
Fonte: Diógenes Dantas/Nominuto
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