Ministério Público do DF suspeita de aquisição por valor abaixo do mercado.
Inquérito vai avaliar ainda se aquisição foi compatível com renda de senador.
A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu inquérito civil para verificar se o presidente do Senado, Renan Calheiros, cometeu improbidade administrativa na compra de um imóvel em Brasília. O Ministério Público quer verificar se houve aquisição "por valor muito abaixo do praticado no mercado e incompatível com os seus rendimentos".
A assessoria do senador informou que ele não vai se pronunciar sobre a abertura da investigação.
A portaria de instauração do inquérito foi assinada na quinta-feira (26) pela procuradora Ana Carolina Garcia.
Nesta sexta (27), o jornal "O Estado de S.Paulo" noticiou a abertura da investigação, que foi motivada por uma reportagem do jornal veiculada em agosto. Segundo o "Estadão", Renan Calheiros pagou R$ 2 milhões por uma casa no Lago Sul, região nobre de Brasília. Segundo corretoras que atuam no local, o imóvel custaria pelo menos R$ 3 milhões.
Ao jornal, o senador informou que deu sinal de R$ 240 mil e dividiu R$ 760 mil em cinco parcelas semestrais de R$ 152 mil casa - o pagamento terminará em dois anos e meio. Disse ainda que financiou R$ 1 milhão com a Caixa Econômica Federal em 22 anos.
O "Estadão" apontou que a aquisição do imóvel equivale a um comprometimento mensal de R$ 38,6 mil - 87% do que ele declarou para a Caixa como renda, de R$ 51 mil. O salário de senador é de R$ 26,7 mil. Renan disse ao jornal que o restante da renda é resultado de atividades agropecuárias.
O Ministério Público Federal no Distrito Federal informou que a investigação tem prazo de um ano para ser concluída, podendo ser prorrogada se houver justificativa.
Fonte: G1
Foto: Moreira Mariz/Ag.Senado
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