MARTINS: POSSE; EMOÇÃO E FALTA DE RESPEITO.

A Câmara de Vereadores de Martins foi palco na tarde de ontem, da cerimônia de posse da prefeita; vice-prefeita e vereadores eleitos. Um número considerado da população esteve presentes, assim como convidados de outros municípios.

O vereador eleito, Francisco de Assis Teixeira Júnior, "Júnior de Alice", foi chamado para conduzir a eleição da mesa diretoria para o biênio 2013/14, que por falta de um do edil, Clemente Gurgel de Amorim Neto, "Netinho", foi atrasada em aproximadamente 30 minutos.

Após o que de praxe é, iniciou-se a citação dos vereadores para que proceder-se a votação. Por meio de voto secreto, um a um dos novos edis foram escolhendo a sua chapa preferida, tendo em vista o registro de duas chapas. Contabilizado os votos dos 9 legisladores, o vereador que presidiu a abertura da sessão proclamou a chapa de número 1, encabeçada pelo vereador Fulgêncio Teixeira Neto, como vitoriosa e assim, presidirá o legislativo municipal por 2 anos.

Sendo imediatamente empossado, o presidente Fulgêncio deu sequência a cerimônia, convocando a prefeita Olga Chaves Fernandes de Queiroz Figueiredo e sua vice, Flávia Tavares Lanas Chaves Fernandes, para fazer o juramento e assinar o termo de posse, passando a ser oficialmente a prefeita constitucional do município de Martins, pelos próximos quatro anos.

Em seu discurso, a prefeita foi enfática em citar a família com base de tudo. Em diversos momentos, lembrou a memória do seu pai, José Fernandes de Queiroz, que por 1 oportunidades administrou o município e seu irmão, Marcos Antônio Fernandes de Queiroz, que em 3 vezes esteve no mesmo lugar que ora ocupava, assinando o livro de atas de posse.

Olga Fernandes Chaves emocionou-se por diversas vezes, ao expressar aos presentes, que aquele momento era a realização de um sonho, acalentado desde criança e que gerir os destinos administrativos da sua terra natal, era algo que não havia como traduzir, diante da emoção que sentia. Por fim, Olga agradeceu a cada eleitor, que acreditou em seu projeto de governo e que a elegeram com 2.922 votos e a prefeita que naquele instante haveria de lhe passar o cargo, Maria José Gurgel de Oliveira, "Mazé".

Na plateia, junto ao povo, Mazé assistiu a toda a celebração, sendo constantemente cumprimentada pelos presentes.

LAMENTÁVEL.

Lamentável, os gritos de alguns populares, quando anunciado o nome de alguns vereadores. Termos de baixo calão e pejorativos, impublicável e que merecem a reprovação de quem lá encontrava-se. Por este motivo, o vereador Severino Sobrinho Paiva, "Bibiu", chegou a anunciar que caso persistisse tais termos, os 5 vereadores que foram eleitos para mesa diretora saíram do plenário, antes de empossar a prefeita eleita.

Lamentável, incompreensível e indigno. Alguns adjetivos que podem ser utilizados para expressar as atitudes de alguns poucos presentes, que não só faltaram com respeito aos vereadores nominalmente, como faltaram como educação aos presentes. Plateia essa composta por senhoras de bem; senhoras e crianças que não foram até o plenário da Câmara de Vereadores de Martins, para ouvir palavrões e xingamentos. A democracia existe e um dos preceitos primordiais dela, é o respeito ao posicionamento tanto dos eleitores, ao escolher seus governantes e legisladores, como os demais após eleitos. A Câmara de Vereadores, independente de qual município seja, como os demais órgãos públicos, são locais que merecem respeito. São estes vereadores, sem nenhum acepção, os legítimos representantes do povo e pelo povo eleito, têm suas escolhas, que devem ser respeitadas.

Nas visitas que fazemos a Martins, terra pela qual nutro um grande carinho, nunca presenciei um fato desta natureza e custo a acreditar que martinense algum comportaria-se desta forma. Mas como toda regra tem exceção, tais exceções existem.

Martins é muito maior que qualquer ato insano e isolado. Martins é nobre, como nobre é o seu povo. Não são episódios deste quilate que tirará o brilho e o conceito que tenho pela querida e bela Martins.

Fotos: Crédito de Queiroz