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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A DOIS DIAS DA ELEIÇÃO DO NOVO PRESIDENTE, SENADO AINDA ESTÁ EM RITMO DE RECESSO.

Mesmo com proximidade da eleição da Mesa Diretora do Senado, marcada para a próxima sexta-feira (1º), o clima no Senado Federal parece ainda não ter saído do recesso parlamentar. Não há faixas de candidatos e, nos corredores, a movimentação também é tranquila.
Tido como favorito, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) sequer formalizou sua candidatura. Devem ser candidatos ainda os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), mas nenhum deles se lançou de maneira categórica ao pleito.
Já nos gabinetes e nas residências oficiais dos senadores da base aliada do governo, o clima é tenso, segundo assessores. É lá que têm acontecido articulações políticas para angariar votos.
Com apoio dos partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff, Renan – atual líder do PMDB no Senado – está sendo bombardeado por denúncias de irregularidades nos últimos dias e vem evitando a imprensa.
Sua agenda de compromissos de campanha não é divulgada e os senadores peemedebistas não informam suas ações às assessorias nem atendem aos telefonemas de repórteres em seus celulares.
Pela manhã, em cerimônia para o lançamento de um guia com informações sobre o Senado Federal, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), evitou a imprensa e, depois de discurso sobre a publicação, entrou no gabinete sem conversar com os jornalistas, que o esperavam para falar das eleições internas.
Protesto
Ainda no período da manhã, quatro manifestantes foram barrados quando tentaram entrar no Senado. Eles não conseguiram a autorização para fazer um ato político de lavar a rampa do Senado como forma de protesto para evitar que alguém com a "ficha suja" seja eleito presidente do Senado, em referência a Calheiros.
A assessoria de Sarney negou que tenha havido um pedido por parte do presidente para barrar a manifestação.
De acordo com os manifestantes, a Polícia Legislativa só permitirá a manifestação na rampa com um documento assinado por um dos senadores da Casa. Procurada, a Polícia Legislativa ainda não se manifestou.
O jardim em frente ao Senado costuma ser palco frequente de protestos pacíficos e, para a população, em geral, raramente há restrição para entrar na Casa Legislativa.
"A demanda é tão alta e evidente da sociedade e não condiz com o que o Senado está produzindo. Não vamos agredir ninguém, a vassoura é uma metáfora do nosso descontentamento. A ideia é que tudo tivesse muita repercussão para dar força à nossa petição", explica Antônio Carlos Costa, da ONG (organização não governamental) Rio de Paz.
O movimento é um dos autores da petição na internet contra a candidatura de Calheiros à presidência do Senado. Criada na última quinta-feira (24), já conta com quase cem mil assinaturas na internet.

Fonte: Camila Campanerut/UOL

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