A educadora, que é candomblecista, também foi chamada de "feiticeira" e "diabólica". O caso está sendo investigado pela Polícia Civil
O caso ocorreu na semana passada, mas repercutiu na terça-feira (26/11) e está sendo investigado pela Polícia Civil. Em nota, a Secretaria de Educação de Camaçari disse que recebeu a denúncia em 21 de novembro e que apura o caso. A pasta também destacou que repudia qualquer forma de discriminação, seja ela de gênero, seja de crença ou de cor. Não há informação se os alunos envolvidos foram afastados ou não.
A União Brasileira das/dos Estudantes Secundaristas (Ubes) repudiu o episódio e prestou solidariedade à professora. "Episódios como esse são reflexo de uma sociedade que precisa urgentemente rever seus valores e nos fazem ter a certeza do caminho que as escolas precisam trilhar: valorizar a história como disciplina e combater a intolerância religiosa", citou.
"Defendemos uma educação que liberta e transforma. A escola, além de ensinar, deve formar cidadãos críticos e empáticos, capazes de construir um mundo mais justo e igualitário. É revoltante que, dentro de um ambiente escolar, a violência se manifeste de forma tão brutal. Precisamos fortalecer o papel da escola como um espaço de respeito e acolhimento", acrescentou a Ubes.
Cabe destacar que no Brasil, a educação antirracista é fundamentada pela Lei de nº 10.639, sancionada em 2003, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mecanismo legal tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas instituições escolares.
Fonte: Aline Gouveia/Correio Braziliense
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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