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quarta-feira, 30 de junho de 2021

WIZARD FOGE DAS PERGUNTAS DA CPI E SE MANTÉM EM SILÊNCIO

Em sua fala inicial, Wizard justificou a presença na CPI por acompanhar a filha grávida que está nos Estados Unidos. O empresário também declamou passagens bíblicas e negou participar do grupo de aconselhamento do presidente durante a pandemia.

"Jamais tomei conhecimento de gabinete paralelo, jamais fui convidado, abordado, convidado, para participar de qualquer gabinete paralelo", disse o empresário em sua fala inicial. Wizard disse ainda que nunca esteve em reuniões privadas com Jair Bolsonaro.

Após sua fala, o empresário afirmou que permaneceria em silêncio durante a oitiva. Wizard obteve do Supremo Tribunal Federal (STF) habeas corpus que lhe dá direito a não responder às perguntas dos senadores.

Omar Aziz pediu recurso ao STF para que o ministro Luiz Roberto Barroso revisse a decisão que permitia o silêncio do empresário. A senadora Simone Tebet sugeriu que a comissão votasse um ofício para que Wizard passasse da condição de testemunha para convidado.

O clima da CPI esquentou quando o senador Otto Alencar se referiu ao advogado Alberto Zacarias Toron, de Wizard, dizendo: "Seu advogado tá muito bronzeado, laranja, e o senhor amarelou." O advogado se rebateu afirmando que o senador é "covarde". Otto chegou a chamar a polícia legislativa para retirá-lo da reunião. Os demais senadores tentaram acalmar os ânimos.

"Tudo não passou de um grande engano e vossa excelência não é um homem covarde", disse Alberto Zacarias Toron.

Requerimentos

Após intensa discussão entre senadores da base aliada do governo e o presidente da comissão, Omar Aziz, o colegiado aprovou em bloco uma série de requerimentos apresentados à CPI. Os pedidos foram votados à revelia de Marcos Rogério e Luis Carlos Heinze.

As próximas oitivas foram agendadas de acordo com as denúncias de esquema na compra de vacinas.

Quinta-feira (1º) - Representante da empresa Precisa, Francisco Emerson Maximiano

Sexta-feira (2) - Luiz Paulo Dominguetti, da Davati Medical Supply

Já na semana que vem, a CPI ouve:

Terça-feira (6) - Deputado Luis Miranda

Quarta-feira (7) - o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias Ferreira

Quinta-feira (8) - o deputado Ricardo Barros

Fonte: Congresso em Foco

Foto: Edílson Lima

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