Empresário suspeito de integrar gabinete paralelo que fazia conselhos ao presidente sobre pandemia foi à CPI nesta quarta, mas disse que não responderia perguntas dos senadores.
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), provocou na sessão desta quarta-feira (30) o depoente Carlos Wizard, empresário. Diante da opção de Wizard de não responder perguntas de senadores na comissão, Renan disse que "machões da internet" ficam calados na CPI.
"O Brasil está vendo que os machões da internet ficam caladinhos na CPI", afirmou o relator.
Wizard foi chamado a depor na CPI para esclarecer as suspeitas de que faz parte de um gabinete paralelo. Segundo a cúpula da comissão, esse grupo, que funcionava paralelamente ao Ministério da Saúde, aconselhou o presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia com ideias ineficazes e contrárias à ciência.
O empresário deveria ter comparecido à CPI inicialmente no dia 17 de junho. No, entanto, ele não foi à comissão, alegando que estava nos Estados Unidos, acompanhando o tratamento de saúde de uma familiar.
Na sessão desta quarta, Wizard disse que estava nos Estados Unidos com a filha, gestante, e que se trata de uma gravidez de risco.
Wizard negou ter conhecimento de 'gabinete paralelo'
No começo da sessão desta quarta, Carlos Wizard fez uma fala de 15 minutos, na qual disse que nunca participou e não tem conhecimento do gabinete paralelo.
Em seguida, ele disse que ficaria em silêncio e não responderia a nenhuma pergunta dos senadores, se valendo de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mesmo assim, Renan fez questionamentos a Wizard. O empresário retrucava, seguidas vezes, dizendo apenas que se reservava ao direito de ficar em silêncio. Ele fez o mesmo diante de perguntas de senadores que o questionaram depois de Renan.
Fonte: G1
Foto: Reprodução
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