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domingo, 23 de agosto de 2020

AFIPE, COMANDADA PELO PADRE ROBSON, MOVIMENTOU R$ 2 BILHÕES E COMPROU FAZENDAS E CASA DE PRAIA

Segundo o Ministério Público, associação se tornou uma "grande empresa".

A Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) se tornou “uma grande empresa”, conforme informou o Ministério Público (MP), que realizou uma operação para apurar os gastos da entidade. A Afipe é responsável por administrar o Santuário Basílica de Trindade e o Padre Robson era quem comandava a associação, mas pediu afastamento após as investigações do MP. Os promotores investigam se o órgão religioso desviou R$ 120 milhões de doações para comprar imóveis, como casa de praia e fazendas.
As investigações indicam que algumas empresas com as quais a Afipe negociava tinham os mesmos sócios e funcionavam no mesmo endereço. Entre elas, estavam a WKS Empreendimentos Imbiliários, Via Maia Administradora de Bens, KD Administradora de Bens e Terra Nobre Administradora de Bens. Todas elas tinham em seus quadros de sócios Ademar Euclides Monteiro e Marcos Antônio Alberti e funcionavam em um prédio na Avenida Jamel Cecílio, em Goiânia.
Segundo o MP, em dez anos a Afipe movimentou R$ 2 bilhões, que não foram usadas somente em ações ligadas à igreja. “As contas bancárias da Afipe foram usadas para comprar fazendas, residências em condomínio fechado, apartamentos em São Paulo, em Goiânia, fazendas em todo Brasil, mineração. A Afipe, hoje, é uma grande empresa. Ela tem o argumento religioso, mas elas se converteu em uma grande empresa do estado de Goiás, que explora inúmeras atividades, agropecuária, mineração. Ela compra inúmeros imóveis e vende inúmeros imóveis”, afirmou o promotor Sebastião Marcos Martins.
Entre os bens que foram comprados pela Afipe estão uma fazenda no valor de R$ 6 milhões, em Abadiânia, e uma casa de praia na Bahia, no valor de R$ 2 milhões. Os advogados do padre Robson negam irregularidades no uso do dinheiro das doações, que chegava a R$ 20 milhões por mês e eram enviadas por fiéis de todo o Brasil. Segundo eles, os investimentos em outras áreas eram uma forma de tentar aumentar os lucros da igreja e, assim, poder expandir as obras sociais.

Fonte: Diário do Estado

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