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quarta-feira, 28 de maio de 2014

SENADOR DO PMDB ACUMULA PRESIDÊNCIAS DE CPIs DA PETROBRÁS. PETISTA FICA COM RELATORIA.

Aliados ao Palácio do Planalto ficaram com postos principais para comandar comissão. Vital do Rêgo já preside CPI da Petrobras no Senado, dominada por governistas.

O Congresso instalou nesta quarta-feira (28) uma CPI mista, com 16 deputados e 16 senadores (veja a lista abaixo), para investigar supostas irregularidades na Petrobras. O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) foi eleito pelos integrantes da comissão para presidir o colegiado. Já o senador Gim Argello (PTB-DF) ficou com a vice-presidência. Cada um obteve 18 votos.
Já há uma CPI em funcionamento no Senado, presidida pelo próprio Vital do Rêgo, para apurar as suspeitas envolvendo a estatal. O peemedebista vai acumular as presidências. Ele nomeou o deputado Marco Maia (PT-RS) para a relatoria da CPI mista. Os três — Vital, Gim e Maia — são aliados do Palácio do Planalto.
O deputado Enio Bacci (PDT-RS) se candidatou à presidência, com apoio da oposição. Na chapa, o deputado Fernando Francischini (SD-PR) foi o candidato a vice. Obtiveram dez e 11 votos, respectivamente. No total, 29 dos 32 parlamentares do colegiado participaram da eleição.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que houve quebra de tradição já que governistas e oposição não vão compartilhar o comando da CPI. “Isso indica o desejo de impedir que investigações cheguem a conclusões objetivas”.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) rebateu o tucano. “Hoje quem diz que é uma tradição usa de má-fé e falta com a verdade. Todos que aqui estamos, estamos pelo critério da proporcionalidade”, disse. Segundo ela, várias CPIs durante o governo de Fernando Henrique Cardoso não tiveram comando compartilhado.
A base aliada à presidenta da República Dilma Rousseff (PT) tentou evitar a CPI mista, pois o governo tem menos força política na Câmara. Após manobras, conseguiu retardar por um tempo a instalação.
A oposição pressionou e boicotou a comissão no Senado, dominada por governistas. A CPI mista tem apoio do PSDB e do DEM.
Tanto a CPI no Senado quanto a comissão mista têm um prazo de 180 dias para concluir as atividades e um orçamento de R$ 250 mil para as despesas.

Deputados:
Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Lucio Vieira Lima (PMDB-BA)
Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG)
Júlio Delgado (PSB-MG)
Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Fernando Francischini (SD-PR)
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)
Rubens Bueno (PPS-PR)
Enio Bacci (PDT-RS)
Hugo Napoleão (PSD-PI)
José Carlos Araújo (PSD-BA)
Márcio Junqueira (Pros-RR)
Marco Maia (PT-RS)
Sibá Machado (PT-AC)

Senadores:
José Pimentel (PT-CE)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Anibal Diniz (PT-AC)
Humberto Costa (PT-PE)
João Alberto (PMDB-TO)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
ital do Rêgo (PMDB-PB)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Mário Couto (PSDB-PA)
Jayme Campos (DEM-MT)
Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP)
Gim Argello (PTB-DF)
Ataídes Oliveira (Pros-TO)


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