Sem ações, levantamento da ONU revela que mundo pode superar a marca de 1 bilhão de miseráveis ao final da década.
No Brasil, impacto profundo da pandemia ameaça dobrar número de pessoas que ganham menos de US$ 1,9 por dia em comparação às projeções iniciais.
A pandemia da covid-19 pode conduzir o mundo a superar a marca de 1 bilhão de pessoas vivendo em extrema pobreza até 2030. No Brasil, os números podem terminar a década longe da realidade que existia no país antes da eclosão da crise sanitária, com o dobro de pessoas na extrema pobreza em comparação aos avanços projetados para o país.
Os dados estão sendo divulgados nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no momento em que governos se reúnem em Nova Iorque para lidar com a crise.
O levantamento revela como, sem ação para resgatar milhões de pessoas, os efeitos da covid-19 poderão ser sentido por anos ainda no mundo, mesmo com a existência da vacina. No início da semana, a entidade lançou seu maior apelo humanitário desde sua criação, alertando para o fato de que 235 milhões de pessoas terão de ser imediatamente socorridas em 2021 para poder sobreviver.
Antes da pandemia começar, a ONU estimava que 5,1 milhões de brasileiros vivam na pobreza extrema, ganhando menos de US$ 1,90 por dia. Num dos cenários desenhados pela entidade em que a economia não iria se reerguer rapidamente, o ano de 2021 começará com 7,9 milhões de brasileiros nestas condições.
A combinação de uma recuperação lenta da economia nacional e da falta de programas sociais poderia fazer com que essa realidade permaneça por anos. Em 2030, ainda existiriam no país 6,6 milhões de pessoas nessa situação.
Num cenário de uma crise mais suave, o Brasil verá um aumento no número de pobres. Mas chegará em 2030 com 3,9 milhões de pessoas na extrema pobreza.
Se a covid-19 não tivesse existido, as projeções indicam que o Brasil teria reduzido seu número de pobreza extrema para 3,6 milhões de pessoas em 2030.
Em termos percentuais, as taxas também revelam uma ameaça de um aumento na pobreza. Ela passaria de 2,4% antes da pandemia para 3,7% no início desta década. Em 2030, a taxa cairia para 2,9%. Mas ficaria distante da projeção de 1,6% dos brasileiros na extrema pobreza caso a covid-19 não tivesse existido.
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Fonte: UOL/ Jamil Chade
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