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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

ENTENDA: COMO FUNCIONA O REGISTRO DE VACINAS CONTRA A COVID-19 NO BRASIL

Quatro vacinas estão com testes em andamento no país, mas nenhum laboratório pediu registro para uso até agora

BRASÍLIA - Enquanto a vacinação contra a Covid-19 já começou em várias nações, inclusive na América Latina, a população brasileira ainda aguarda a aprovação de um imunizante que impeça a disseminação da pandemia que já matou mais de 193 mil pessoas no país.

Quatro vacinas estão com testes em andamento no Brasil: AstraZeneca-Oxford, Pfizer, Instituto Butantan-Sinovac e Janssen (da Johnson&Johnson), mas, até o momento, nenhum laboratório solicitou quaquer tipo de registro (definitivo ou emergencial) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Já o laboratório União Química, que produz a Sputnik V, submeteu, na última terça-feira, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento para pedir permissão para iniciar testes do imunizante no Brasil.

Para obter o aval da agência uma vacina precisa passar por uma série de passos de desenvolvimento:

Pesquisa básica e estudos não clínicos

Consiste em análises laboratoriais da vacina e testes em animais. Nesse estágio, o imunizante deve ser capaz de gerar anticorpos.

Estudos clínicos

É a etapa de testes com humanos.

A Fase 1 analisa os efeitos adversos da vacina, ou seja, a possibilidade de reação negativa no organismo ou no local onde foi aplicada.

Na Fase 2, os pesquisadores definem a dosagem da vacina e a maneira como ela será aplicada.

Na Fase 3, os testes são feitos em larga escala e a vacina deve ser capaz de gerar imunidade com segurança. É nesse momento que as desenvolvedoras precisam comprovar sua eficácia junto aos órgãos reguladores.

Fonte: Paula Ferreira/O Globo

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